Trata-se de um filme norte-americano dirigido por Arthur Penn e protagonizado por Warren Beatty que desempenha o papel título.
É um drama romântico psicológico policial de ação com certa dose de mistério e com uma mensagem de crítica aos costumes sociais.
Vou transcrever a seguir o resumo que escrevi quando assisti ao filme em janeiro de 1967. Tinha na época 16 anos.
Mickey One é um personagem perseguido e atormentado por sua própria consciência. O seu drama psicológico é uma dúvida. Ele tem uma dívida com alguém mas não sabe nem de quanto é essa dívida nem a quem ele deve. O filme termina e ele não descobre quem é essa pessoa mas, consegue libertar-se do problema.
Mickey One é um filme para ser levado em outro sentido. Arthur Penn, o mesmo de “O milagre de Ann Sullivan”, soube dirigir essa formidável película com segurança e desembaraço.
Este filme representa o medo que têm os norte-americanos da bomba atômica. Exprime a vontade do homem maduro, que mesmo após a morte precisa mover-se. Como comparação muito inteligente o diretor mostra ao expectador o brinquedo “SIM” que um japonês fizera com um monte de ferro velho. Penn logo no princípio, mostra o homem sendo esmagado pelo mundo utilizando-se para isto de um carro sendo amassado por máquinas.
Mickey One termina cantando num palco e, de repente, no meio da cidade, ele agora está livre para  o mundo.