O PROFETA [Livro] Gibran Khalil Gibran

Minhas verdades através dos livros
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Este é um dos mais belos livros que já li em toda minha vida. Juntamente com ‘O Pequeno Príncipe’ e ‘Dibs, em busca de si mesmo’, ‘O Profeta’ é um dos livros que mais marcaram a minha vida. Tive que relê-lo para fazer esta crítica pois o li há muitos anos. Comprei-o em 21 de maio de 1973. E agora que vejo que esteve fazendo aniversário há poucos dias. Faz portanto 40 anos que o li pela primeira vez. Sim, do mesmo modo que ‘O Pequeno Príncipe’, este foi dos poucos livros que reli mais de uma vez. Não chegou nem de longe perto das incontáveis vezes que li aquele mas o li mais de 10 vezes ao longo da vida.
Abrindo-o agora meio que esfacelado em razão do manuseio, revejo as frases belíssimas que tanto me encantaram no passado. Emociono-me novamente com suas verdades. Quanta sabedoria e iluminação!
Khalil Gibran foi um poeta árabe trazido ao Brasil por Mansour Chalita, colombiano que viveu sua infância e parte da adolescência no Líbano onde estudou Letras e Filosofia segundo a Wikipédia, e é um dos principais tradutores da obra de Gibran no Brasil onde veio morar desde os anos 50 do século passado. Chalita ainda conclui o curso de Direito nos Estados Unidos antes de migrar para o Brasil. Assim ele escreve sobre a obra e o autor que apresenta ao finalizá-la referindo-se ao túmulo de Gibran “na vertente de uma colina de silêncio e de beleza”: “Em cima do túmulo, esta simples inscrição:”Aqui, entre nós, dorme Gibran”.Mas, na verdade, dorme somente seu corpo – sua alma, difundida nos seus livros, seve de guia a milhões de leitores na mais fascinante de todas as viagens: a que leva o homem das trevas do egoísmo e da cegueira ao esplendor do dom de si e da compreensão.”
No ano do seu lançamento em Nova Iorque, em 1923, foram vendidos apenas 1.100 exemplares do livro, o que fez o editor considerar esgotadas as possibilidades de um livro místico num ambiente pragmático e mecanizado como o dos Estados Unidos. Mas, surpreendentemente, as vendas começaram a aumentar e, três anos depois, alcançava a marca de 8.500 exemplares, crescendo contínua e vertiginosamente para em 1944 já vender 60 mil livros e em 1957 mais de um milhão.
Khalil Gibran nasceu em 6 de dezembro de 1883 no Bicharre, na montanha do Líbano e faleceu em 10 de abril de 1931 num hospital em Nova Iorque. Escreveu várias obras além desta, tiveram também muita repercussão ‘Areia e espuma’ e ‘Asas partidas’ que também já os li e em breve farei aqui suas críticas. Apesar de ter vivido apenas 48 anos sua obra é bastante extensa com alguns livros escritos em árabe e não traduzidos. Além de escritor, Gibran também era pintor, tendo após uma exposição de seus primeiros quadros, uma diretora de escola americana se interessa por eles e resolve custear seus estudos em Paris.  É quando ele conhece Auguste Rodin que lhe prevê um bom  futuro.
‘O Profeta’ é uma obra mística e poética que trata de vários assuntos do nosso dia a dia.tais como amor, matrimônio, filhos, leis, liberdade, o bem e o mal, prece, prazer, beleza, religião, morte, dentre muitos outros.
Imagem colhida da interne
 A seguir, algumas citações que estão grifadas no meu livro como destaques. Há muitas mas, para não estender-me muito, vou citar apenas algumas. Esta da imagem, não sei se realmente é de Gibran. No capítulo do Amor não consta ela mas, pode ser de outro capítulo ou livro.
”Pois assim tem sido sempre com o amor. Ele só conhece a própria profundidade na hora da separação.” Texto extraído do capítulo dedicado à chegada do navio.”
“Assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia.”
“E o carvalho e o cipreste não crescem à sombra um do outro.”
Textos extraídos do capitulo dedicado  ao Matrimônio.
“Vossos filhos não são vossos filhos. (…)
Vêm através de vós mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos.
Porque eles têm seus próprios pensamentos.”
Texto extraído do capítulo dedicado aos filhos.
“Tudo que possuís será um dia dado.
Daí agora, portanto, para que a época da dádiva seja vossa e não de vossos herdeiros.”
Texto extraído do capítulo dedicado à Dádiva.
Há dezenas de outras belas frases mas teria que quase transcrever o livro para aqui citá-las e não é esta a finalidade. Recomendo e, merece, sem favor, as cinco estrelas.
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Sou sincera em dizer que nunca li esse livro, não sei onde eu estava… Mas, me parece muitíssimo interessante, vou lê-lo, com certeza. “o amor, ele só conhece a sua profundidade na hora da separação.” Muito sério isso! Amei! Obrigada por compartilhar! Beijos!

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