CAMINHOS DIVERSOS – Profundas trilhas da alma [ Livro – poesias ]

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Ariadne Cavalcante é a autora deste lindo livro de poesias que encantará a todos que o lerem. Não é uma poetisa conhecida, embora já escreva no Recanto das Letras desde 2009. Lá ela tem um relativo prestígio mas é pouco conhecida nos meios literários. É carioca e pouco se sabe a seu respeito pois ela é muito reservada e tímida. É filha de Henriqueta R. de Souza Cavalcante e Antônio Soares Cavalcante. Nasceu no dia 03 de junho, não se sabe de qual ano e mora no Rio de Janeiro. É professora, declamadora e poetisa. Suas declamações no Recanto das Letras são disputadas quase às tapas. Todos querem ter algum poema declamado pela voz melodiosa e leitura segura desta carioca encantadora.

O livro conta com setenta e um poemas com temas variados que traduz em versos de rara beleza e inspirada criação, com belíssimas figuras de linguagem e riqueza poética ao nível dos grandes escritores do estilo.  Infelizmente, não posso só tecer elogios ao livro pois, nele encontrei duas coisas, pra mim, imperdoáveis – a primeira é alguns erros gráficos e de concordância e a segunda é no prefácio, que coube à poetisa Lilian Reinhardt, que tem um português muito erudito, falando sobre si, ela se denomina de poeta. Poeta coisa nenhuma! Acaso Lilian é o nome de algum homem?  Lamento a falta de noção de algumas pessoas que insistem em cometer o mesmo erro de Cecília Meireles e dizer que uma mulher seja poeta. Deveria então, complementando a sua apresentação, dizer que era artista plástica, escritor, ensaísta, tradutor, declamador. Por que não usou os outros adjetivos também no mesmo gênero? Quem é poeta não pode ser tradutora!!!!
Apesar do erro imperdoável da poetisa citada, ela, como disse, escreve com um português muito erudito e digno de grandes escritores com um linguajar e construções muito rebuscados.

Sobre este fato, gostaria aqui de reproduzir um poeminha que criei e publiquei no Recanto das Letras intitulado ‘Poetas e poetisas’.

Poeta, só não és,
por mulher,
seres quem és.
Acaso homem fosses,
que triste!
não serias
a poetisa que és!
Mas a teus pés estaria,
o homem que não és.

(Versos de Alberto Valença Lima)

Ariadne

Nos versos de Aridane Cavalcenti a palavra ganha alma já no primeiro poema do livro – Palavra – onde ela escreve:
“(…)
E em êxtase a escrevi
pra ficar mais perto dela!
Porém no papel,
Eu a vi tomando forma,
Perdendo corpo,
Mas ganhando alma...”
A apresentação da mineira Marina Alves na contra capa do livro é um primor. Ela inicia dizendo: “Ariadne Cavalcante, diversos caminhos de versos diversos.” O trocadilho usado por ela logo no início de sua apresentação já demonstra a riqueza que o leitor irá encontrar não só no restante do texto mas também no livro que ela está apresentando. Assim, ela continua: “Pela alma desta grande poetisa passeiam a beleza, a delicadeza, a ternura, o grito calado, o silêncio rasgado num admirável mosaico poético.
O livro trás poemas belíssimos! Não poderei aqui ficar citando-os por motivos óbvios mas, mencionarei alguns pra destacar sem ordem de preferência nem tampouco, os melhores.
“Caso reto”, “Poema do Ente” (que também pode ser entendido como doente), “Flores”, “Pontuação” (é genial), “Almas nuas”, enfim, não posso ficar citando todos os títulos.
Sobre este último citado – “Almas nuas” – cabe aqui uma observação: Neste poema, Ariadne cria uma imagem literária que é digna de Vinícius, ou melhor, ao nível do poetinha:
“(…)
Almas nossas sem tédio e siso
Vestidas de sorriso,
Sublimam-se à máxima potência…
Neste instante, despem-se
Escassez, carência…
Ao final do livro a autora coloca sete comentários que foram colocados no Recanto das Letras, onde os poemas estão publicados, de outros autores para poemas determinados que demonstram a valorização da poetisa lá naquele espaço.
Para aquisição quem interessar deve procurar no Clube de autores, gráfica de produção independente que produz o livro na medida da demanda. Para acessar, clique no link.
Recomendo e merece quatro estrelinhas como cotação.
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Rss! Fiquei meio envergonhada, mas agradeço por seus exagerados elogios! Disputada a tapas também foi ótima, mas não é bem assim… outro exagero seu! Alberto, depois de uma certa idade, uma mulher esquece o seu ano de nascimento! Rss! Não falo muito de mim, pois tenho pouco a dizer, nunca ganhei prêmio e nem participei de nenhuma antologia, que é o que interessaria em uma biografia, portanto, tenho pouco o que contar sobre a poetisa. Agradeço-lhe por destacar a minha humilde obra em seu blog, onde fulguram grandes obras de grandes escritores! Grata pela generosidade! Quanto aos erros, vamos revisar a obra! Beijos n’alma!

Rss! Fiquei meio envergonhada, mas agradeço por seus exagerados elogios! Disputada a tapas também foi ótima, mas não é bem assim… outro exagero seu! Alberto, depois de uma certa idade, uma mulher esquece o seu ano de nascimento! Rss! Não falo muito de mim, pois tenho pouco a dizer, nunca ganhei prêmio e nem participei de nenhuma antologia, que é o que interessaria em uma biografia, portanto, tenho pouco o que contar sobre a poetisa. Agradeço-lhe por destacar a minha humilde obra em seu blog, onde fulguram grandes obras de grandes escritores! Grata pela generosidade! Quanto aos erros, vamos revisar a obra! Beijos n’alma!

À poeta Ariadne Cavalcante minha reverência sempre! Fiz vários comentários quanto à referencia crítica do digno comentador em relação à minha pessoa, e os apaguei, pois penso que independente de discussão quanto às perspectivas enfocadas pelo mesmo, o fato para mim prevalecente è a natureza poética inconteste do trabalho da poeta, poetisa, artista… e não, o enfoque relativo à minha pessoa lexicamente, nada a ver,ou a impossibilidade de se poetar, de se traduzir, de se desenhar, de se pintar, etc, etc… Grata, lilianreinhardt.prosaeverso.net

Com relação aos comentários aqui deixados pela poetisa Lilian Reinhardt e posteriormente apagados, solicitando que o texto que escrevi fosse excluído por ser ofensivo a ela, quero dizer que no meu texto publicado no blog não há nenhuma ofensa a Lilian Reinhardt. Apenas manifestei uma opinião pessoal dizendo que ela havia cometido um erro, e este está impresso no livro, podendo ser acessado e comprovado por qualquer um que o adquirir, de denominar-se como poeta. Existem regras em nossa língua e estas não devem ser desrespeitadas. Até o momento presente, poeta é definida como palavra masculina. E ponto final.

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