Direção – Alfred Hitchcock

Alfred Hitchcock, que mais tarde se tornaria um ícone do cinema de suspense mundial, era, já na época, isto é, em 1940, um mestre do suspense, após o lançamento dos filmes Os 39 degraus (1935) e A dama oculta (1938), que foram eleitos pelo British Film Institute entre os melhores filmes ingleses do século XX.

Rebecca – a mulher inesquecível

Rebecca era uma mulher belíssima, esposa de um milionário francês, que vivia no sul da França, em um suntuoso castelo à beira-mar. Após perder a
esposa num desastre, vivendo desolado e solitário, ele conhece uma outra moça, encantadora, com ar de inocente e ingênua, que, aparentemente, o impede de suicidar-se.

Quando se conhecem, ele estava à beira de um precipício e, parecia querer se jogar lá embaixo, onde encontraria a morte, tragado pelo mar bravio que, mais tarde, o espectador ficará sabendo, que fora o mesmo mar que tragara a sua Rebecca.

Ela grita sobressaltando-o mas, ele tranquiliza-a, dizendo que ela seguisse o seu caminho, pois ele não tinha intenção de suicidar-se.

Posteriormente, encontram-se em um hotel, onde ela servia de acompanhante a uma rica senhora, e a moça o reconhece. Ele encantado, toma café com elas. A senhora adoece, e contrata uma enfermeira, deixando a moça livre de suas obrigações. Ela aproveita para passear com o ricaço que estava muito atraído por ela.

Eles se apaixonam e ele a pede em casamento, levando-a a morar  com ele em Manderlay, o castelo. Lá ela sente-se deslocada e sem prática de aristocrata, é dominada pela governanta que não gostava dela pois era adoradora de Rebecca. Considera-a uma intrusa.

Dados técnicos do filme

Produção –  Estados Unidos
Direção – Alfred Hitchcock
Ano do lançamento – 1940
Duração do filme –
Elenco e personagens:
Joan Fontaine …. a segunda esposa de De Winter
Laurence Olivier …. George Fortescue Maximilian “Maxim” de Winter
Judith Anderson …. Sra. Danvers
George Sanders …. Jack Favell
Nigel Bruce …. Major Giles Lacy
Reginald Denny …. Frank Crawley
C. Aubrey Smith …. Coronel Julyan
Gladys Cooper …. Beatrice Lacy
Florence Bates …. Sra. Edythe Van Hopper
Melville Cooper …. Coronel
Leo G. Carroll …. Dr. Baker

Minha opinião sobre o filme

Este filme deu a Alfred Hitchcock o Oscar de Melhor Filme em 1941, e foi o primeiro filme dele realizado nos Estados Unidos, para onde mudou-se a convite de Selznick, dono da distribuidora de filmes norte-americana com o mesmo nome.

O filme transparece a todo momento, a genialidade do diretor. O castelo é quase macabro, embora servisse de ponto turístico na região. As janelas que dão para o mar e que a governanta tenta induzir a moça a  jogar-se lá de cima em uma das cenas mais angustiantes do filme, são dignas de registro. A moça, nova esposa do milionário, não se fica sabendo o nome dela em nenhum momento. Talvez para destacar a sua insignificância.

A presença de Rebecca é outra coisa marcante no filme. Em todos os momentos ela está presente mas  não aparece em nenhum momento do filme. Sua presença é intensa, contínua, inquietante.  Deixa o espectador ansioso por vê-la a qualquer instante, mas isso não acontece.

Joan Fontaine se destaca na sua interpretação e é indicada ao Oscar de Melhor atriz, por seu trabalho, mas perde para Ginger Rogers, com o filme Kitty Foyle. No ano seguinte, novamente sendo dirigida pelo mestre do suspense, Alfred Hitchcock, ela arrebata a estatueta por sua interpretação no filme Suspeita. concorrendo com Betty Davis, Olivia de Havilland e Barbara Stanwick, três ícones do cinema na época.

Mereceu três estrelinhas pois, apesar de suas qualidades, não é uma história que envolve muito você.

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