Identidade – uma forma de ser
- By : Alberto Valença Lima
- Category : Verdades de meu ser [Textos autorais]
- Tags: Identidade, Personalidade
Hoje resolvi escrever sobre identidade. Primeiro vou transcrever o que encontrei sobre o termo na wikipédia:
“Identidade é o conjunto de caracteres próprios e exclusivos com os quais se podem diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes.
Sua conceituação interessa a vários ramos do conhecimento (história, sociologia, antropologia, direito, etc.), e tem portanto diversas definições, conforme o enfoque que se lhe dê, podendo ainda haver uma identidade individual ou coletiva, falsa ou verdadeira, presumida ou ideal, perdida ou resgatada.
Identidade ainda pode ser uma construção legal, e portanto traduzida em sinais e documentos, que acompanham o indivíduo.”
Ora, que características, próprias e exclusivas, podemos encontrar em nós, seres humanos? De todas que posso imaginar, a única que nos transforma em seres idênticos é a existência de uma
Mas não quero desviar o assunto. Minha pretensão hoje é escrever sobre identidade. Isto motivado por uma entrevista que li na Revista Veja desta semana. A de nº 40 de 10 de outubro cuja capa é a identidade da Rede Globo. Nas páginas amarelas, o entrevistado desta semana foi Luciano Huck, o global do Caldeirão. Razão: um artigo seu publicado na Folha de São Paulo que mereceu incontáveis criticas. Fiquei curioso, resolvi buscar o artigo para ler e ficar por dentro do assunto que, sequer tinha ouvido falar.
Tive dificuldade mas, como na internet só não se acha o que não se quer, após muitas buscas acabei por encontrar e ler o artigo do Huck na Folha. Não através da fonte, lugar natural para se buscar e obter o desejado. Mas, como não sou assinante nem dela nem do UOL, fui barrado! Não faz mal. Consegui ler do mesmo modo. Embora por via transversa. Mas li. No “Brasil Wiki – você é o reporter“.
Melhor ainda pois, li com uma crônica maravilhosa de um Zé Ninguém que, infelizmente não se identifica. Apenas se assina betoquintas. Tudo é uma questão de identidade.
Para ampliar um pouco o assunto sem fugir do mesmo, vou comentar sobre uma discussão da qual participei recentemente. Falava-se a respeito de identidade. E os comentários foram sobre o dinheiro. Não tinha ainda me apercebido do fato até então. Mas estamos, o povo brasileiro, sofrendo uma espécie de aculturação programada.
Nosso dinheiro está provocando isso. Claro está que o papel moeda do país é uma forte expressão de sua cultura. Em quase todos os países o papel moeda retrata, assim como foi no Brasil até recentemente, vultos importantes de sua história.
No Brasil tínhamos Rio Branco, Marechal Deodoro, etc.
Desde os remotos tempos de César, a moeda sempre foi motivo de identificação cultural. Cunhavam-se moedas com o busto dos reis em uma das faces.
Mas atualmente, o Brasil não tem mais essa identidade. Nosso papel-moeda está desfigurado. Temos representado nosso país por um rosto inexpressivo e sem identidade no papel-moeda que passa por nossas mãos diariamente.
Huck perdeu seu Rolex. Ficou indignado. Manifestou sua insatisfação na imprensa. Foi por muitos criticado. Alguns com propriedade, outros por pura falta de solidariedade. Mas de tudo isso, o que fica é só uma coisa: estamos, urgentemente necessitando de repensar nossos valores, nossa sociedade, nossa identidade. E entre essses valores, um se destaca – a espiritualidade.
Estamos nos tornando selvagens. Seres em mutação. Breve, nem alma teremos. E nossa identidade humana será excluída de nós. Estamos perto disso! Um rapper paulista – Ferréz – autor de Capão Pecado e Ninguém É Inocente que não conheço, arrotou um monte de asneiras sobre o fato, defendendo (pasmem!) o ladrão. São por fatos como este ou como a absolvição do Presidente do Senado recentemente autorizado a usar dinheiro de lobista para pagar suas contas particulares (sendo o presidente do Senado) ou dos adolescentes de classe média do Rio de Janeiro que agrediram brutalmente a empregada doméstica Sirlei Dias de Carvalho recentemente, esmurrarando-a e pisoteando-a que estamos perto de um cataclisma.
Isto é uma coisa muito séria! Não são meros episódios de páginas policiais. É a nossa história. Nossa vida. Nossa identidade!
Oi Alberto!
Passei por aqui pra dizer que senti falta de tuas visitas. Sobre essa questão de identidade, realmente é difícil. Geralmente as pessoas são formatadas pela sociedade de consumo. Abraço!
citando: “li com uma crônica maravilhosa de um Zé Ninguém que, infelizmente não se identifica. Apenas se assina betoquintas”
grato pela referência, mas se eu assinei, eu me identifiquei.