A visita de uma prima a este blog me fez retomar o costume de escrever um pouco aqui para aqueles poucos leitores que me visitam. Ainda que esporadicamente, é bom receber a visita de alguém. É como você estar em casa de bermuda ou de cueca e sem camisa e chegar uma visita pra você. Você grita com a porta ainda trancada: “quem é?” E ouve do outro lado: “É Marcos ou Denise, ou Suzana!” Você se apressa em botar uma bermuda e vestir uma camisa para poder abrir a porta. Em geral a casa tá uma bagunça e você com um riso meio amarelo, pega às pressas, as roupas jogadas em cima do sofá e sacode no quarto, em cima da cama, pra poder deixar a visita sentar. Mas, sem dúvida alguma, termina sendo um grande prazer aquela surpresa.
Essa semana fui brindado com um acontecimento assim aqui no blog que me deixou muito feliz. Uma prima me descobriu e perguntou, num comentário do meu último post se eu era primo da mãe dela. Como se eu sendo primo da mãe dela não me fizesse também primo dela!!!
Bem, mas o caso é que essa visita me pegou de calças curtas e eu tomei consciência que há mais de seis meses não escrevo nada aqui!! E pensando bem, era uma coisa que fazia com o maior prazer há algum tempo atrás. Hoje tenho me flagrado com preguiça de escrever. E é um hábito tão salutar!!

Mas parando de enrolação, vou escrever hoje sobre uma mensagem que recebi esta semana num informativo da OAB. Nela o Presidente da OAB de Rondônia, o Dr. Hélio Vieira, apresenta uma idéia que achei extraordinária! A idéia é pregar o fim da remuneração dos políticos que ocupam cargos eletivos em nosso país. Afinal, a sociedade já banca todas as suas despesas então, nada mais lógico que o cargo deixe de ser remunerado. Nós, com nossos impostos, já os pagamos regiamente em forma de auxílio, verba para telefone, moradia, transporte, gasto com correspondência e tudo mais que eles precisam. Então, que se pague tambem, como querem, as passagens para os pobrezinhos da esposa e filhos do político em viagem para que eles não fiquem longe do esposo e pai que se encontra em missão. Com um gasto limitado, claro! E, com a necessidade de apresentação de relatório de resultados para o TCU ao retornar de cada viagem, assim como é feito por todos os funcionários públicos que recebem passagens do erário para exercer suas funções quando necessário. Seria uma economia substancial que poderia ser empregada em favor da sociedade e em benefício exclusivo dela. Não se pode admitir que num país com tanta pobreza como o nosso, políticos recebam, além de todas as verbas de ajuda para custear suas mordomias, um salário perto dos vinte mil reais para cada político. Sem contar com uma aposentadoria vitalícia após um simples mandato de 4 ou 8 anos. Ele lembra que os presidentes das 27 seccionais da OAB no país, não recebem remuneração para exercerem o seu munus público. A notícia foi publicada no informativo da OAB do dia 27 de abril.

Resolvi abraçar essa causa e já começo a minha divulgação da idéia aqui no meu blog. Também escrevi carta para o Diario de Pernambuco e Jornal do Commercio. Vamos ver se isso vinga. Vou enviar carta também para Revista Veja, para o Estado de São Paulo, para o Jornal do Brasil. Vou me engajar na campanha. Vamos lutar pelo fim dos salários para qualquer político que ocupe cargos eletivos!!!