Palavras belas, simples e singelas que tocam a alma e deixa todo ser em paz, como é bom poder ler palavras que atravessam o coração e pousam suavemente na parte mais remota de sua alma…
Uma só palavra traduz todo teor do texto…
BELISSÍMO…
Um tributo póstumo.
- By : Alberto Valença Lima
- Category : Verdades de meu ser [Textos autorais]
- Tags: Alberto Valença Lima, Tributo póstumo
Já devia ter postado este texto aqui há algum tempo atrás mas, foi ficando pra depois, pra depois, pra depois, e só agora o estou fazendo.
Trata-se do texto que uma exprofessora escreveu poucos dias antes de passar pela transição.
Um dos textos que li que mais evidenciam o contato de alguém com os valores e situações que certamente viveremos quando também chegar o nosso momento, a hora de nossa Grande Iniciação.
O texto foi escrito por Amparo Caridade no dia 20 de junho de 2010 ao sair do Hospital após 12 dias de internação e distribuído por ocasião de seu velório. No início da manhã do dia 30.06, deixa a existência e entra na eternidade.
O texto é o seguinte:
VIVER * (Amparo Caridade)
Quem dera isso não passasse! Que meus olhos se perdessem tontos dessa beleza e sentido. Não quero ser mais a mesma. Quero muito mais. Invadida, envolvida, tomada pela força da vida entreguei-me. Quero olhos sentindo o que a vida tem de mais belo a ser revelado. A alegria de ser simplesmente um ser vivo que tem a chance de mergulhar na intensidade, sem medo de nela se perder. Desconhecia minha cidade tão bela, pessoas tão encantadoras. Demorei a voltar do encantamento. Meus olhos acostumados ao ordinário agora querem mais; querem intensidade e beleza sem ponto final. Delas não quero mais me perder.
Tudo perfeito. Divino. Nasci ali para algo diferente, nascimento sem volta. Atravessada por belezas intensas. Cena destinada à eternidade. Eu não sabia dessa experiência. Foi divina. Humana. Será imortal. Foi apenas o começo.
Dentro de mim há muito para descobrir, beleza para enxergar, vida para sentir. Outra Amparo se aninha no meu existir, busca dimensões ainda não percebidas. Quem dera isso não passasse. Quem dera meus olhos ficassem embriagados de beleza e sentido. Não posso mais ser a mesma. Quero muito mais. Invadida, envolvida, tomada pela força da vida entreguei-me. Meus olhos sentiam. Acostumados ao ordinário agora querem mais, querem intensidade, beleza sem ponto final. Delas não quero mais me perder.
Bendita doença que me possibilitou essa revolução. A felicidade de me transformar num ser que ama e dignifica o existir. Sem medo de ser feliz.
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Sim, Profª. Amparo!!! Você nasceu para algo diferente. A cena verdadeiramente se destinava à eternidade.
Aquilo lá era mesmo apenas o começo. Onde você está agora, certamente, a luz é plena, a beleza é indescritível, a experiência é divina pois, é com Deus que você deve estar agora.
Que a Luz seja sempre presente em sua nova existência.