Esta semana estive na Livraria Cultura e comprei mais três livros pra minha coleção, o que faz com que eu acrescente mais 3 leituras pra fazer este ano na minha meta que já está com mais de vinte! Os livros foram “A arca de Noé” de Vinícius de Moraes, “Arquitetura dos sentidos” de Bartyra Soares e “Barulhos” de Ferreira Gullar. Hoje, não satisfeito com as compras feitas ainda comprei na Livraria da Jaqueira “Poesias” de Olavo Bilac. São 4 acréscimos portanto nas minhas metas de leitura pra 2014. Como todos são livros de poesias, pretendo lê-los ao mesmo tempo e, logo que os termine, farei minha crítica/análise aqui no blog pra compartilhar com todos bem como sugerir, se for o caso, uma leitura.
Vinícius de Moraes dispensa comentários. É, sem favor, um dos melhores poetas do Brasil. Com sua poesia lírica e romântica encantou a minha geração tendo contribuído com inúmeros compositores através de parcerias que ficaram famosas em músicas inesquecíveis, sendo talvez, a mais famosas delas, “Garota de Ipanema”, que imortalizou o poetinha numa parceria com Tom Jobim, um de seus parceiros mais constantes.
Sinopse – Este livro contém 32 poemas, a maioria sobre bichos, e inclui os que constam nos discos Arca de Noé 1 e 2. Alguns foram musicados pelo próprio Vinicius de Moraes (1913-80) e se tornaram clássicos da MPB para crianças.
A poesia de
Bartyra Soares é, no conceito de Ângelo Monteiro na capa do livro, “marcada
principalmente por uma poderosa sombra, responde por todos os sentidos de sua existência.” Não conheço nada desta poetisa e, o que me fez adquirir o livro foi o título. Achei bela esta figura – “arquitetura dos sentidos” que, sem dúvida, deve ser construída na sua poesia. Nas palavras de Raimundo Carrero “ela envolve o leitor num clima de ternura e paz.” Quero descobrir esta poetisa.
Por escrever esta palavra quero aqui fazer também um breve comentário. Sempre aprendi em toda minha vida de estudante e, foram muitos anos, que poeta é um substantivo masculino cujo feminino é poetisa. Nunca ouvi dizer nem li em nenhuma das gramáticas nas quais estudei, que poeta era um substantivo comum de dois gêneros. Para quem não sabe, “comum de dois gêneros” é uma palavra que tem o masculino e o feminino idênticos como por exemplo, o artista, a artista; o colega, a colega; o dentista, a dentista. Poeta, por tudo que aprendi até hoje, não é nem nunca foi classificado como comum de dois gêneros!!!
Apesar disto, muitas pessoas ultimamente tem escrito textos onde utilizam esta palavra com esta classificação. No meu entendimento, erroneamente. Será que mudaram o português e não me avisaram?
Ferreira Gullar é um poeta nordestino (nasceu no Maranhão) que tornou-se famoso na década de 60 com suas críticas à opressão e à injustiça social. Escreveu dezenas de obras tanto em prosa como em verso. Também escreveu peças teatrais e diversas obras infanto-juvenis. Como conheço pouco a obra deste escritor e estou agora escrevendo de forma mais comprometida com o público, preciso manter-me informado, razão pela qual resolvi investir neste livro.
Sinopse – Barulhos’ reúne a produção poética de Ferreira Gullar entre 1980 e 1987. Neste livro, o poeta conta o caminho percorrido naqueles anos, os amigos perdidos, a diária redescoberta do corpo. É uma obra que marca, em definitivo, a passagem do escritor pelo pórtico da maturidade e a cristalização de seu estilo poético, de sua forma.
Bilac também dispensa apresentações mas, quero escrever uma coisa aqui que só hoje, ao adquirir este livro, tomei conhecimento. Há muitos anos atrás, ainda na minha adolescência, me correspondi em inglês e em francês, com uma francesa de uma cidadezinha no sul da França – Saint Paul sur la Mer. Em uma das cartas que escrevi pra ela, enviei uma poesia de Bilac – “Ouvir estrelas” – que eu traduzi para o francês. Infelizmente não tenho mais a cópia desta carta pois a mesma foi destruída há algum tempo mas ainda lembro de alguns trechos, em especial o início: “maintenant (vous dire) écouter étoiles! certain
perdu le bon sens et je vais vous dire cependant(…)”
E descobri hoje, que Olavo Bilac ao escrever este poema originalmente, o escreveu em francês. Naquele tempo, isso era chique! E eu perdi tanto tempo traduzindo essa poesia quando poderia simplesmente, tê-la copiado do original do próprio autor.
Sinopse – “Cultor da perfeição estilística e integrante da famosa tríade parnasiana, Olavo Bilac construiu imensa popularidade por meio de sua poesia, pela qual, em vida, foi idolatrado pelos leitores brasileiros. Foi também propagandista dos princípios nacionalistas e membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Bilac, de acordo com os cânones parnasianos, tornou-se o cinzelador dos sonetos talvez os mais perfeitos da língua portuguesa. Nesta antologia estão reunidos os livros – ‘Panóplias, via-láctea’, ‘Sarças de Fogo’,’ Alma Inquieta’,’ As Viagens’,’ O caçador de Esmeraldas e Tarde’.”
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