Filmes classicos e com conteudo, coisa que se ve nos filmes antigos… amo! E em p & B, mais ainda. Muita gente faz gozacao de mim pq gosto de filmes antigos, mas como disse, tem conteudo, nao eh a violencia de hoje. Arturo necessita crescer, pois me parece que nao houve espaco para ele em sua propria casa. Acontece. Adorei este post!
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A ilha dos amores proibidos [Filme]
- By : Alberto Valença Lima
- Category : Minhas verdades através dos filmes
- Tags: Damiano Damiani, Filme visto há 50 anos
A ilha dos amores proibidos [L’Isola D’Arthuro], Damiano Damiani, Itália, 1962 (fotografia em preto e branco)
Música – Carlos Rusticheli
Obs. – O texto a seguir, estou transcrevendo de minhas anotações de filmes a que assisti em 1967. Como já escrevi aqui em algum dia, todos os filmes a que assistia, anotava seu título, título original, elenco, personagens, cotação, censura da exibição, seu gênero, nacionalidade, duração do filme, música (quando bonita), se preto e branco ou colorido, tamaho da tela, cinema onde vi o filme e data.
Sinopse – Arturo vivia só em uma ilha que conhecia como a palma de sua mão desde que completara 3 meses, pois seu pai, só vivia fazendo viagens e, sua mãe morrera ao lhe dar à luz. Já crescido, Arturo sempre pedia a seu pai que o levasse consigo em suas viagens mas, ele sempre lhe dizia que só quando ele completasse 16 anos. Um dia, o pai de Arturo volta com uma mulher. Casara-se na última viagem, e Arturo não gostou, pensando que Nunziata, uma garota de dezessete anos de idade, lhe tomasse o lugar no coração de seu pai, Wilhelm. Pouco tempo depois o pai viaja novamente, deixando a esposa sozinha com Arturo, que se vê apaixonado por Nunziata.
Elenco:
Vanni Maigret ………………… Arturo
Kay Meerman …………………. Nunziata
Reginaldo Herman …………. Wilhelm
Gabriella Georgeli ………….. Teresa (a prostituta)
Luigi Zerbinati ………………… Tonino (o preso)
e ainda: Michele Barone, Aldo Vinci, Ireneo Petrucci, Luigi Zerbinati
Na semana santa Nunziata vai a uma parteira e quando volta diz a Arturo que estava grávida. Breve chega a hora do parto e Arturo não quer que ela dê à luz a criança sob os cuidados de uma simples parteira, pois assim morrera sua mãe, que tanto lhe fazia falta. Mas, devido as circunstâncias que pioravam a cada minuto as condições de Nunziata, Arturo termina ido chamar a parteira e, para sua felicidade, quando chega com ela, Nunziata já dera à luz um menino que foi chamado Cármine.
Daí em diante, Nunziata não dava mais atenção a Arturo, e se ele tocava gaita, fazia barulho e Cármine não dormia, se ele pegava Cármine molhado, só faltava apanhar, porque Cármine podia pegar uma pneumonia; tudo que ele fazia prejudicava Cármine no ponto de vista dela. Arturo estava triste. Cármine viera atrapalhar seu amor por Nunziata. Tenta se suicidar para atrair a atenção dela. Depois de declarações que ele jamais esperava pronunciar nem Nunziata esperava ouvir dele, chega Wiilhelm de sua viagem. O tempo que Arturo passa junto dele não perde oportunidade para demonstrar quanto o amava, o quanto que ele necessitava do pai. Os gestos de Arturo são muito belos mas, não são notados pelo pai. Wilhelm no entanto, promete a ele que em sua próxima viagem o levaria junto. Arturo fica radiante mas, alguém a quem Wilhelm devia alguma coisa vem atrapalhar a vida de Arturo e ele não pode ir com o pai. Dentre as muitas frases lindas que Arturo diz ao pai destaca-se esta: “Eu teria até morrido para defendê-lo, e o senhor, vê esse estranho me bater, e não move uma palha para defender-me.” Não sei se Wilhelm comoveu-se com essas palavras mas, o certo é que, pouco depois, todo rasgado, numa hora em que Arturo beijava Nunziata, (ele não percebe), ele pergunta por Arturo. Nunziata aparece e diz: “Ele viajou. Disse qeu depois lhe escreveria.” E fecha a porta deixando Arturo do lado de fora. Arturo realmente viaja e um locutor diz: “Arturo amara demais seu pai. Talvez por isso, tivesse ficado tão decepcionado com ele. Mas agora seu pai era apenas uma sombra no passado. Sombra que iria diminuir, até que Arturo tivesse apenas vaga recordação de Wilhelm. Ele o amara muito, mas agora, era apenas uma sombra no passado.”
Assim termina esta excepcional obra prima de Damiano Damiani e que, provavelmente, ocupará um lugar de destaque nos melhores filmes de 1967. Recebeu o primeiro prêmio no Festival de San Sebastian em 1065. Seu roteiro, assemelha-se muito com o de Phaedra. O filho que trai o pai com a madrastra. L’Isola D’Arthuro é um filme dificilmente superável. É uma obra prima do cinema italiano.
Mereceu cinco estrelas.