Hoje vou voltar um pouco no tempo pra reviver os dias de quando comecei a escrever neste blog. Quando eu escrevia as minhas reflexões. Isso já faz um longo tempo. Foi há mais de oito anos passados, em 30/09/2006. Mas enfim, o que me levou a esse saudosismo?

Acabo de ler no JC (Jornal da Ciência), publicação da SBPC, que os colégios estão adotando a prática antiga de trocar cartas. Já pensou que idéia genial? As pessoas voltarão, certamente, a escreverem corretamente, a lerem mais, e o melhor de tudo, se informarem melhor. Apesar de a internet ser um meio de informação que tem fontes praticamente de um número infinito, ela é muito limitada. A maioria das pessoas não pesquisa. Se resume àquele mundinho que já conhece e àquelas pessoas de seu círculo limitado de amizades. Por incrível que pareça, as cartas vão ampliar o universo das pessoas, dos alunos. Eles se corresponderão com pessoas de outros colégios localizados em outras cidades, em outros Estados e, até de outros países. Que coisa maravilhosa!!!

Lembro do meu tempo de adolescente, quando me correspondia com várias pessoas. Tive uma correspondente francesa, que morava numa cidadezinha no sul da França – Saint Paul sur la mer. Nós nos correspondíamos em inglês mas, depois, pedi a ela pra nos correspondermos em francês. Lembro que traduzi pra ela o poema Via Láctea de Olavo Bilac. Anos depois, tomei conhecimento que este poema já estava traduzido para o francês. Mas o importante é que eu me esforcei, pesquisei e trabalhei para traduzi-lo.

Vejam a matéria publicada no Estadão clicando no link. O artigo referido fala de um caso do Colégio Bandeirantes de São Paulo, no qual, os alunos da 8ª série do ensino fundamental, trocaram cartas com alunos de uma escola de Macau, na China, onde o português é a primeira língua. Relata o artigo, que os alunos ficaram tão felizes ao receberem as respostas, que pareciam ter ganhado um presente. Isso é simplesmente adorável. Parabéns a quem teve essa idéia fantástica! Merecia um elogio da folha funcional. Só lamento o fato de só estarem participando colégios de de São Paulo, Minas, Amazonas e Goiás. Torço para que Pernambuco se engaje neste projeto o quanto antes. Estamos precisando de iniciativas como esta.

No artigo mencionado acima, uma adolescente afirma que ficou ansiosa e que, esperar dois meses foi uma eternidade. Isso no passado era tão comum. Hoje todos até tinham esquecido que já trocaram cartas algum dia e, os adolescentes, sequer sabiam da existência das cartas.