Sempre gostei de Fanny Ardant, eh uma excelente atriz! Imagino sim que nao sera diferente neste filme e gostaria de ve-lo! Ela foi a condessa que casou com Balzac, Eva Hansska, no fime sobre Balzac (um deles), e sua atuacao foi, como sempre otima. Acho que ela tem delicadeza em como personificar mulheres fortes. Este filme parece falar de coisas tao atuais, mas mesmo assim nao parece piegas. Adoro suas resenhas!
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Os belos dias [Filme]
- By : Alberto Valença Lima
- Category : Minhas verdades através dos filmes
- Tags: Fanny Ardant, Marion Veroaux
Este é o filme cujos comentários foram postados há 15 dias no blog Meu pequeno vício.
Título original – Les beaux jours
Direção – Marion Vernoux
Música – Quentin Sirjacq
Produção – França
Duração – 1h 35min
Ano de lançamento – 2013
Elenco e protagonistas
Fanny Ardant como Caroline
Laurent Lafitte como Julien
Patrick Chesnais como Philippe
Jena François Stevenn como Roger
Fanny Cottençon como Chantal
Catherine Lachens como Sylviane
Alain Cauchi como Jacky
Marie Riviere como Jocelyne
Marc Chapiteau como Hugues
Féodor Atkine como Paul
Olivia Cote como Lydia
Emile Caen como L’hótesse
Eléonore Bernheim como Lise
Maud Le Guenedal como Rebecca
Roman Tabar Nouval
Baseado no livro Une jeune fille aux cheveux blancs (Uma menina com cabelo branco) de Fanny Chesnel, Les beaux jours é uma adaptação da própria diretora francesa Marion Vernoux, que trás para tela grande, um romance que trata das agruras e prazeres da velhice. Com uma interpretação maravilhosa de Fanny Ardant (Caroline), a diretora consegue nos apresentar um clima leve e agradável de um tema muito explorado sem se tornar, em momento algum, desagradável ou cansativo. Com uma música envolvente e bonita de Quentin Sirjacq e cenários bem escolhidos, este longa irá tornar seu tempo de pouco mais de hora e meia muito satisfatório.
Os belos dias tem um duplo sentido: é o nome do clube para idosos aposentados que são levados a brincar com aulas de teatro, informática, cerâmica, etc e, os dias especiais vividos por Caroline numa divagação de sua vida cotidiana ao lado de um jovem amante da idade de suas filhas.
Caroline vive uma relação já desgastada pelo tempo com Philippe, acabara de se aposentar do ofício de dentista e perdera há 5 meses sua melhor amiga com câncer. Está com 60 anos e as filhas, preocupadas com sua apatia resolvem dar-lhe de presente a matrícula em um clube de recreação para idosos onde ela iria, aparentemente, conhecer outras pessoas e ter uma ocupação que pudesse tornar seus dias mais agradáveis. Ela mesmo a contragosto, resolve ir lá para conhecer e, logo na primeira aula de teatro, é humilhada pela professora que a convida para ir ao palco apresentar-se e faz algumas brincadeiras que não a agradam, levando-a a abandonar a aula e o clube sem dar satisfações e repentinamente. Mas precisa voltar lá para pedir uma orientação ao professor de informática, Julien (Laurent Lafitte) e, ao sair da aula, saem para almoçar e daí, surge um romance entre os dois. Ele é mais de 20 anos mais novo que ela e lhe trás de volta a juventude, o arrebatamento, o encantamento, o desejo, o sexo, a vitalidade.
Mas ela é casada com Philippe (Patrick Chesnais) e este descobre tudo. Os desdobramentos não devo aqui mencioná-los para não perder o interesse de quem for ler estes comentários mas, certamente, são bem conduzidos por Vernoux que oferece ao telespectador um olhar .diferenciado sobre o tema. Não espere encontrar coisas reveladoras ou acontecimentos surpreendentes pois isso não há. Mas você verá um filme que irá lhe encantar. Em particular em algumas cenas que destaco:
- O diálogo com o marido após a sua descoberta e revelação do que sabe sobre a relação dela com Julien é imperdível.
- As duas primeiras cenas de sexo entre Caroline e Julien. A primeira no carro e a segunda na sala dele no clube.
- No aeroporto, as duas gerações em confronto.
- O diálogo com a filha mais jovem revelando-lhe o caso que estava tendo com Julien.
Fanny Ardant é uma conhecida atriz francesa pelas suas atuações em filmes como A mulher do lado (1981), Elizabeth (1998), 8 mulheres (2002), Callas forever (2002), Nathalie (2003), Paris, eu te amo (2006), Cadências obstinadas (2013) e por ter sido companheira do diretor francês François Truffaut, entre os anos de 1980 e 1984, quando ele morreu. Recebeu o prêmio César de melhor atriz em 1997 por sua interpretação em Loucas noites de batom. O César é o Oscar do cinema francês.
Para estes 94 minutos que eu indico como momentos de sofisticada diversão, eu marco com quatro estrelinhas. A seguir, algumas cenas do filme.