Eh, eu soube da morte dele e pensei a mesma coisa: “la se vai um grande ator e pessoa”. Vi Doutor Jivago e Lawrence da Arabia pelo menos 7 vezes cada 🙂 Sofro “lullying” por gostar de filmes antigos e saber algumas falas decor 🙂 Mas como ao gostar do que eh bem feito? Posso entender o que seu amigo disse, eh a perda de um irmao para ele. Que pena!
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A morte de Omar Sharif
- By : Alberto Valença Lima
- Category : Notícias ou dicas
Uma morte a se lamentar…
Morreu , na última sexta-feira, dia 10 de julho de 2015, de um ataque do coração aos 83 anos na cidade do Cairo, Egito, o ator Omar Sharif que interpretou o inesquecível Doutor Jivago, filme da década de 60 do século passado e que, coincidentemente, eu o havia revisto num site maravilhoso que descobri recentemente – Memocine (Clique no link para acessá-lo).
Omar Sharif era um ator egípcio que começou sua carreira artística em 1954 com um filme que não foi exibido no Brasil – Shaytan al-Sahra. Só veio a tornar-se conhecido aqui no Brasil após seu desempenho no filme Lawrence D’Arábia que lhe rendeu uma indicação para o Oscar de melhor ator coadjuvante pelo seu papel como Sherif Ali ao lado de Peter O’Toole em 1962.
Omar Sharif que nasceu Michel Demitri Shalhoub na cidade de Alexandria, no Egito, trabalhou em quase 100 filmes ao longo de sua carreira. Seus principais papéis foram, como já foi mencionado, Doutor Zhivago no filme de mesmo nome (1965) que foi premiado como melhor filme do ano e lhe rendeu o Globo de Ouro como melhor ator e como Sherif Ali em Lawrence D’Arábia (1962). Outros filmes conhecidos em que trabalhou: O Rolls Royce amarelo (1965), Ghengis Khan (1965), Marco Polo, o Magnífico (1965), A noite dos generais (1967), Fanny Girl (1968), Ché ! (1969), entre muitos outros.
Seus pais eram Joseph Shalhoub, um libanês comerciante de madeiras, e Claire Saada. Ao serem extraditados da Síria, deslacaram-se para o Egito onde começaram um negócio com madeiras. Em 2003, Omar Sharif ganhou o prêmio de melhor ator no Festival de Cinema de Veneza e o Cesar de melhor ator, que corresponde ao Oscar do cinema francês, por sua atuação no filme Uma amizade sem fronteiras do diretor François Dupeyron.
Sua última atuação foi em em um filme lançado em 2013 e ainda não exibido no Brasil intitulado Rock the Casbah. Este ano, atuou como narrador de um curta intitulado 1001 Inventions and the World of Ibn Al-Haytham. Ele sofria do mal de Alzheimer. Estava numa profunda depressão, segundo seu melhor amigo e ex-ministro de Antiguidades do Egito , Zahi Hawass. Chegou a ser internado recentemente, após ter passado 6 meses num ressort no Mar Vermelho com seu filho, pois estava doente e recusava-se a comer qualquer coisa, quando os médicos tiveram que colocá-lo no soro. Seu amigo Hawass disse: I am going to lose him as a friend all my life. In Egypt I never went out alone, he was always with me in every place that I go. He was like a brother. Tomorrow and today I lost my brother.
Falava fluentemente seis idiomas: árabe, inglês, francês, espanhol, italiano e grego. Pretendia dedicar-se exclusivamente ao teatro, a menos que fosse para ganhar muito dinheiro no cinema. Gostava de jogar bridge (jogo de cartas) tendo escrito numa coluna sobre o assunto por um período, para um jornal. Este passatempo lhe trouxe muitas dívidas e dissabores. Cavalos era outro de seus prazeres.
Sharif antes de dedicar-se ao cinema licenciou-se em Matemática e Física na Universidade do Cairo no Egito. Em 1955 mudou seu nome para Omar Sharif ao se converter ao Islamismo para casar-se com a atriz egípcia Faten Hamama com quem teve um filho chamado Tarek El Sharif que atuou no filme Doutor Jivago, vivendo o protagonista Yuri Jivago na infância. Separou-se dela, 10 anos depois, durante as filmagens de Doutor Jivago. Divorciou-se em 1974 mas, desde 1966, nunca mais viveu com nenhuma mulher. E disse, certa vez numa entrevista para uma TV inglesa, que o grande amor de sua vida foi a ex-esposa.
Obs. Todas as fotos foram tiradas da internet.