Filmes de acao nao sao bem o meu forte, mas de misterios e lendas sim! Pena que deturparam a lenda, mas como eh um filme, a liberdade “poetica” pode ser relevada. Gosto da proposta, da sinopse e creio que vou assisti-lo. E como sempre, aprendi muitas coisas aqui, adoro aprender! Um abraco!
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47 Ronins [Filme]
- By : Alberto Valença Lima
- Category : Minhas verdades através dos filmes
- Tags: 47 Ronis, lenda japonesa, samurai
Direção – Carl Erik Rinsch
Título original – 47 Ronin
Trata-se de um filme norte-americano baseado numa história real conhecida como a Lenda dos 47 Ronins da velha tradição japonesa. O longa é contado em forma de uma fantasia com bastante ação e romantismo. Algumas belas frases merecem destaque como, por exemplo, a do pedaço de papel que cada samurai deixa ao seu lado antes de praticar o harakiri (Seppuku) como uma espécie de testamento.
Kai (Keanu Reeves), personagem criado para este filme e não existente na lenda japonesa, diz para sua amada, Mika (Kou Shibasaki), filha de Lorde Asano, chefe da Província de Ako.
Eu a procurarei em mil mundos e em dez mil vidas até encontrá-la, reproduzindo um diálogo anterior que Kai tinha tido com Mika, quando ela lhe respondeu: e eu estarei lhe esperando em cada um deles.
O Japão é tido como um país cheio de mistérios e, onde há mistério há também fantasias. As Províncias rivais, eram governadas por senhores que eram protegidos pelos samurais, mestres da espada que tinham o dever de proteger a Província e o seu Lorde a qualquer custo. Os Lordes eram governados por um xogum que tinha poder absoluto sobre tudo. Se um samurai perde ou decepciona seu mestre, sofre a maior vergonha que alguem pode sofrer na sociedade japonesa – torna-se um ronin.
Adulteração da lenda japonesa
Há uma vil adulteração da lenda japonesa pelos produtores do filme e, em especial, por Chris Morgan e Hossein Amini, responsáveis pelo roteiro do filme. Eles introduziram uma criança (Kai), criada nas matas pelos demônios, que não existe na lenda japonesa e isso, revoltou muita gente. Também não trataram a lenda com o respeito que que deveriam e que ela merecia mas, nem por isso, o filme perde seu valor.
Bem, eBem, esta criança e a filha de Lorde Asano (Mika) tiveram suas criações no mesmo lugar e elas se apaixonam uma pela outra. Em uma visita do xogum na Província, Lorde Asano, enfeitiçado pela bruxa Mizuki (Rinko Kikuchi), tenta matar seu convidado e acompanhante do xogum Lorde Kira que cobiçava a Província de Ako. Os japoneses consideram uma ofensa imperdoável esta atitude de um anfitrião e, o xogum exige que Lorde Asano pratique o Seppuku (Harakiri). Com a morte de seu mestre, Oishi e todos os samurais de Ako, há uma declaração de todos como ronins e o banimento das terras.
Lorde Kira assume o comando das duas Províncias, a que já era dele e Ako, ficando Mika prometida a ele para casar-se dentro de um ano, após o luto do pai. Oishi reune 46 ronins, incluindo Kai, que era mestiço mas passa a ser um deles, para vingar o Mestre Asano e recuperar sua honra. No dia do casamento com Mika, durante a festa, os ronins invadem o castelo, matam todos os guardas e decapitam Lorde Kira, vingando assim o Mestre Asano.
Estreia do diretor
É o filme de estreia do diretor Carl Rinsch e foi muito mal recebido pela crítica sob a alegação de que Hollywood tinha deturpado a lenda e a tradição japonesas. Eu não considerei um mau filme. Até gostei, e lhe dou 3 estrelinhas, recomendando que todos assistam a ele, principalmente se gostarem de filme de ação.
Dados técnicos do filme
Produção – Estados Unidos
Duração do filme – 1 hora e 51 minutos
Ano de lançamento – 2013
Elenco e personagens:
Keanu Reeves como Kai.
Tadanobu Asano como Lord Kira
Rinko Kikuchi como Mizuki, uma feiticeira que serve Lord Kira
Hiroyuki Sanada como Kuranosuke Oishi, o líder dos Ronin
Kou Shibasaki como Mika, a filha do mestre morto e interesse amoroso de Kai
Cary-Hiroyuki Tagawa como o Shogun
Jin Akanishi como Chikara Oishi, o filho de Kuranosuke
Rick Genest como Savage