Eh realmente impressionante, todos os 3 filmes acho que deviam ser meio fortes para a epoca. No sentido moral, como vc disse. Mas estou impressionada com a organizacao – vc tem as anotacoes de 1967! Os 3 filmes mais parecem contos de Nelson Rodrigues. Hoje em dia, qualquer novela da Globo, menos as de epoca – e olhe la, tem que ser do seculo XIX – contem estes enredos, inclusive com cenas bem mais fortes ate. Mas em 1967 os filmes devem ter sido vistos como, talvez, escandalosos? Nao sei, mas imagino!
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Três histórias de amor – Alberto D’Aversa – Filme
- By : Alberto Valença Lima
- Category : Minhas verdades através dos filmes
- Tags: Alberto D'Aversa, sexo
Direção – Alberto D’Aversa
Trata-se de um filme brasileiro que vi no Cinema São Luiz em março de 1967. Na época eu fazia anotações dos filmes a que asssitia no cinema e, dentre as coisas que anotava, uma delas era uma cotação moral e, neste caso a classificação foi condenado. O filme é um drama psicológico romântico com cenas de comicidade em preto-e-branco e tela pequena. Ele consta, como o próprio título denuncia, de 3 histórias. A primeira, intitulada “A carreta“, conta com a participação brilhante de Dina Sfat, Ricardo de Luca e Silvio Rocha. A segunda é “A madrugada” com as participações de Gaby Go, José Roberto Osasco e Renato Rortier e a última chamada “A construção” conta com Nelson Xavier e Joanna Fomm. A seguir vou transcrever o que escrevi na época.
A carreta:
O patrão peprsegue um empregado porque a patroa lhe dera dinheiro e ele transara com ela. Encontra um velho numa carreta, lhe pede carona para a cidade e o velho manda ele subir. O carro atola e ele ajuda a desatolá-lo, mas descobre tambem a neta do velho que estava dentro da carroça. Ele dá uma cantada nela e, quando começa a chover eles param numa cabana para abrigar-se. A moça não resiste e entrega-se a ele durante a noite, enquanto seu avô dormia. No dia seguinte, ao partirem, o moço pergunta ao velho para onde ele levava a moça. Este lhe responde: “Vou levá-la para o hospital. A pobre está condenada, está com câncer“. O moço indignado e sofrendo, pula da carroça. Não tinha sorte mesmo.
A madrugada:
Das três histórias esta é a melhor, com uma boa análise psicológica dos personagens. O pai de Vilma (Gaby Go) diz que vai fazer uma viagem e vai namorar com outra. A mãe diz que vai visitar a irmã e convida o amante para sua casa. Vilma, sem saber nada disto, vai, inocentemente, brincar com seus amigos e, um deles, seu primo, a chama para dormir com ele mas, ela recusa. Ao chegar em casa, encontra a mãe com o amante na cama e, com nojo de sua família, vai entregar-se ao primo.
A contrução:
Esta é a pior das três histórias e, sem nenhum vestígio de arte. Aproxima-se muito da chanchada, o que dá ao filme, pontos negativos. Prostitutas são perseguidas pela polícia e, uma delas, que consegue escapar da blitz, entra numa construção. Sebastião, o vigia, quando a polícia chega, diz que ela estava lá em cima mas, o engenheiro proibira a subida, devido à segurança da escada. Depois de uma cantada muito bem dada, eles vão para o Ceará para viverem felizes na terra natal.
Dependendo da interpretação que o espectador der às histórias, o filme pode se tornar mais, ou menos agradável. Eu o interpretei como um filme cômico, outros o interpretaram como dramático, o que dá ao filme um aspecto trágico e nojento, principalmente a primeira história. O filme tem cenas muito excitantes, razão pela qual a cotação moral foi condenado.
Com exceção da terceira história, que alem de chegar bem perto da chanchada tem interpretações péssimas, as outras tem algum vestígio de arte, principalmente a segunda. No compto geral, é um bom filme e mereceu três estrelinhas.
Obs. Só encontrei uma foto deste filme.