Direção – Jon Favreau
Título original – The jungle book
A história se baseia num livro de Rudyard Kipling, um poeta e escritor inglês, autor de um dos mais famosos e belos poemas que já li – Se (tradução de Guilherme de Almeida) – ou If, no original. Ao final vou transcrever aqui este poema pois vale a pena sua divulgação. A primeira vez que ouvi falar de Rudyard Kipling tinha entre 10 e 12 anos. Foi quando li o livro de Huberto Rohden De alma para alma, no qual ele criou um texto baseado naquele poema de Rudyard Kipling intitulado Se puderes.
Bem, inicialmente, quero pedir desculpas aos leitores do blog por ter deixado de publicar meus textos aqui no sábado da semana anterior. Estive viajando e onde estava a internet não era viável.
Bem, Mogli é um menino indiano interpretado maravilhosamente por Neel Sethi, um estreante, e dublado por Arthur Valadares. Ele é um menino criado por lobos após ter ficado órfão porque seu pai fora atacado por um tigre. O filme mistura computação gráfica com realidade e desenhos de animação. Os animais e os cenários são desenhados mas, Mogli e seu pai, são pessoas reais inseridos no cenáriio de computação gráfica através de um sistema chamado live action.
Aliados de Mogli
Mogli tem como companheiro uma pantera chamada Baghera e, posteriormente, faz amizades com um urso chamado Baloo. Ao longo do filme Mogli também se depara com o tigre que matou seu pai, o temido Shere Khan, uma cobra sedutora chamada Kaa, que o hipnotiza com sua voz sedutora e olhar penetrante e que quase o devora, e os lobos Raksha e Akela, seus pais adotivos. Mogli percebe que sua presença na floresta punha em risco a vida de sua família, a alcateia na qual ele fora criado e resolve sair da selva e, aconselhado por Baghera, que lhe recomenda ir para a aldeia dos homens ele passa a viver uma aventura seguida a outra.
As aventuras de Mogli
A primeira delas é com uma serpente que ele encontra no caminho. Kaa pretende devorar o filhote de homem mas, para isso, oferece a ele sua ajuda e, com seus olhos penetrantes, hipnotiza o menino que fica sem ação mas, no exato instante em que Kaa ia devorá-lo é impedida por um urso brincalhão que aparece. Baloo cobra em seguida a dívida que Mogli acaba de ganhar por ele por ter salvo sua vida. Como pagamento, o urso lhe pede que suba num penhasco para derrubar uma comeia enorme que lá se encontrava cheia de mel pois ele tinha medo de altura.
Posteriormente é sequestrado por um grupo de macacos que o levam para um macaco gigantesco chamado rei Louie que deseja que Mogli lhe entregue a flor vermelha, como era conhecido o fogo pelos animais, que só o homem dominava. Baghera e Baloo o ajudam a escapar dos domínios do rei Louie. Depois Mogli ajuda uma manada de elefantes a resgatarem de um buraco um filhote de elefantes que havia caído dentro ganhando assim a amizade dos elefantes.
A cena mais cativante do filme é quando finalmente Mogli enfrenta o tigre Shere Khan. As duas músicas que são cantadas no filme, são um verdadeiro primor, fazendo lembrar o primeiro desenho de 1967. Merece uma ida ao cinema assistir a este longa que ganhou quatro estrelinhas e encantou todos que estavam na sala. Um filme inteligente, novo, com recursos especiais muito bem empregados e aproveitados, a computação gráfica usada para os cenários passa quase despercebida pois você pensa que é a selva mesmo. Vale uma olhada.
Dados técnicos do filme
Produção – Estados Unidos
Personagem e dublador
Mogli (Neel Sethi) ……………. Arthur Valadares
Balu ………………. Marcos Palmeira
Baguera …………. Dan Stulbach
Shere Khan …….. Thiago Lacerda
Raksha …………… Júlia Lemmertz
Kaa ……………….. Alinne Moraes
Rei Louie ……….. Tiago Abravanel
Akela …………….. Dário de Castro
Pai de Mogli (Ritesh Rajan) ……… não tem voz
Baseado na obra de Rudyard Kipling O livro da selva
Ano de lançamento – 2016
Duração do filme – 1 hora e 45 minutos
Desfrute agora de um dos poemas mais belos que já li no texto tanscrito abaixo.
Se… (Rudyard Kipling)
Tradução de Guilherme de Almeida
Se és capaz de manter a tua calma quando
Todo o mundo ao redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
E para estes no entanto achar desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretencioso;
Se és capaz de pensar – sem que a isso só te atires;
De sonhar – sem fazer dos sonhos teus senhores;
Se encontrando a Derrota e o Triunfo conseguires
tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste;
E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa só parada
Tudo quando ganhaste em toda a tua vida;
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.
Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e – o que ainda é muito mais – és um Homem, meu filho!
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