La La Land – Cantando estações – Damien Chazelle [Filme]

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Minhas verdades através dos filmes
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Direção – Damien Chazelle

Damien Chazelle, com muita originalidade e um pouco de saudosismo, realiza um filme que irá despertar muitos tipos de sentimentos nos espectadores. La La Land – Cantando Estações chega aos cinemas para trazer um pouco de alegria e no dia 26 certamente, irá fazer sucesso.

Título original – La La Land

Ontem fui assistir ao filme com maior número de indicações ao Oscar de toda a história do cinema. La La Land divide com outros dois filmes este recorde. A malvada (1950) e Titanic (1997), que alcançaram também esta façanha.

Como quase sempre acontece, fui para o cinema sem ter lido, ouvido ou visto nada sobre o filme além do fato de ele concorrer a 14 estatuetas e, me surpreendi ao perceber que iria assistir a um musical. Nos primeiros momentos do filme, acreditei que seria um musical como nos velhos tempos. Em um engarrafamento monstruoso, de repente, as pessoas começam a sair dos carros e dançar e cantar uma música gostosa e animada. Lembrei dos grandes musicais da história do cinema como Amor, sublime amor ou Cantando na chuva ou Mary Poppins, só para citar alguns. Mas não chega a tanto. A quantidade de indicações ao Oscar não basta para ser um filme de grande sucesso. Não estou desmerecendo o filme mas, não é assim tão espetacular.

A direção de Damien Chazelle, que estreou com o premiado Wishplash- Em busca da perfeição  em 2014, é muito segura e dinâmica e o roteiro, também dele, é maravilhoso. O casal de protagonistas é perfeito. Emma Stone e Ryan Gosling dão um show de interpretação e de sintonia. Os dois já haviam contracenado em Amor a toda prova (2011) e Caça aos gangsteres (2013). A música também é magnífica! A canção tema do filme – City of stars é contagiante. Uma fotografia belíssima que dificilmente perderá o Oscar, com um colorido radiante e vivo, variado é de chamar sua atenção.

Enredo

Sebastian é um pianista de jazz que sonha em criar um bar para preservar este ritmo que está morrendo. Mia é uma atendente de um café num estúdio de cinema que sonha em ser atriz mas sempre se frustra ao ter negada a sua pretensão nos diversos testes que faz. Os primeiros encontros dos dois são desastrosos.

Logo no início do filme, após saírem do engarrafamento, o carro de Sebastian, que estava atrás do de Mia fica preso e, ele fica agressivo por todos os carros na frente do dela já terem saído e ela ter ficado parada, distraída, pois estava fazendo algo no celular. Ele diz uns impropérios a ela e ela dá o dedo para ele. Depois, encontram-se novamente numa festa e ela pede para tocarem uma música que ele, que tocava teclado junto com a banda, não gosta. Depois, os dois se apaixonam perdidamente. Esta sequência de fatos é bem clichê e prejudica um pouco a originalidade do filme.

Desenvolvimento do filme

O filme começa com a estação inverno e termina com a mesma estação, cinco anos depois, passando pelas outras estações enquanto as vidas dos dois vão seguindo seus rumos. Claro que, na primavera e no verão, os dois vivem as melhores fases. Note a variedade de cores dos vestidos das moças na cena da foto acima. Chazelle prima pelas cores vivas em quase todas as cenas do filme.

Uma cena que se destaca do filme, pelo saudosismo que ela desperta, é quando eles vão ao cinema e os dois ficam hesitantes, para tocarem nas mãos um do outro, quase às escondidas, no escurinho do cinema. E eu escrevi algo sobre isso há poucos dias para o filme O candelabro italiano (1962) publicado aqui no blog.

Bem, o filme não é um balaio todo, mas é um balaio bem carregado de guloseimas. Mereceu quatro estrelinhas e, recomendo a todos, irem conferir.

Ficha técnica:

Produção – Estados Unidos
Ano de lançamento – 2016
Duração do filme – 2 horas e 08 minutos
Elenco e personagens:
Ryan Gosling como Sebastian
Emma Stone como Mia
Simmons como Boss
Finn Wittrock como Greg
Callie Hernandez como Tracy
Rosemarie DeWitt como Irmã de Sebastian
Meagen Fay  como Mãe de Mia
John Legend como Keith
Jessica Rothe como Alexis
Sonoya Mizuno como Caitlin
Jason Fuchs como Carlo

O final do filme

O final chega a surpreender um pouco. Até um final alternativo Chazelle nos oferece mas, depois descobrimos que tudo fora apenas uma imaginação de Mia. A lição que fica é que precisamos correr atrás de nossos sonhos. E algumas vezes, temos que renunciar a algumas coisas para alcança-lo.

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Adorei sua resenha e imaginei que o filme fosse mesmo cheio de cliches e que, embora bom, nao fosse tudo isso como para competir com as indicacoes de A Malvada. Ou mesmo Titanic. Mas somente pela ultima ideia da resenha ja valeria a pena. Que as vezes para alcancarmos nossos sonhos, precisamos correr atras deles e as vezes – nao, muitas vezes – renunciaremos a muitas coisas ate ou muito importantes para nos, para a realizacao de nossos sonhos. Mas as vezes estas coisas sao tao mais importantes, que algumas pessoas deixam os sonhos de lado. Uma licao! Um abraco!
DenisesPlanet.com

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