Era um tempo em que o sentido de família era realmente compartilhado entre os seus membros! Os nomes eram tecidos (Verbo) tanto quanto o dia a dia de uma familia, desde o levantar pela manhã até o anoitecer. Os membros da família conversavam, interagiam e o resultado era: soluções para os mais diversos” problemas”, entre eles nomes dos filhos e irmãos. O convívio corpo a corpo era intenso, o tempo era empregado minuto a minuto. Muito bom o texto, queria ler depois sobre de quem herdamos talentos, sonhos. Mais uma coisa, não foi falado mas como nasci no final da década de 50, acho que o nome Claudia vei da grande atriz Claudia Cardinali
Nomes próprios na minha família
Nomes
Os nomes são atributos dados às coisas e às pessoas para caracterizá-las. Os nomes são substantivos e podem ser próprios ou comuns. No Direito Positivo, os nomes próprios são atributos da pessoa e é, um de seus bens mais preciosos.
Nomes próprios
Num passado até certo ponto recente, as famílias nomeavam seus filhos com nomes de antepassados. Era comum também, usar-se o mesmo costume com os nomes de monarcas como Pedro I, Pedro II, Henrique VI, Henrique VII, Henrique VIII, etc. Havia também um costume muito comum de colocar nomes de celebridades ou de pessoas da mídia como Ângela Maria, Dolores (Dolores Duran), Amélia (Música de Mário Lago), ou nomes bíblicos como Davi, Salomão, Matheus, João, Ester, Eunice, Eva.
Outro costume comum era a escolha de uma letra para inicial dos nomes dos filhos. Isso quando não acontecia as famosas aberrações de se escolher nomes como Alcachofra, Ácido Acetil Salicílico, Esparadrapo Clemente de Sá, Espere em Deus, Jaspion Brasileiro, Inocêncio Coitadinho, etc.
Também houve a fase em que se escolheu muito os nomes de pessoas do exterior como Washington, Madona, John Wayne, Sophia Loren, etc.
Fonte de inspiração
Este texto surgiu como inspiração a partir de outro que li no blog de poesias Palavras notas e vivências, da Lilian, poetisa do Recanto das Letras. Resolvi então falar também da história dos nomes próprios da minha família.
História de alguns nomes próprios na família
Era costume realmente, como fala a Lilian no seu texto acima mencionado, no século passado, se escolher os nomes elegendo uma determinada letra e aí, todos teriam então a mesma letra iniciais em seus nomes. É muito comum hoje em dia, encontrarmos irmãos que tem seus nomes iniciados todos com a mesma letra.
Por exemplo: Nas famílias de meus tios por parte de mãe, vários adotaram este costume. As filhas de um tio chamavam-se Nilma e Nilse. De um outro tio, os filhos ficaram com a mesma letra inicial do pai que se chamava João – Jomar, Jason, Jamerson e Joyce. Já uma outra tia escolheu o R – Reinaldo, Flávio, Rubens e , Ana. Estranharam? Fácil. Só o mais velho e o mais novo ficaram presos ao costume. Os outros dois fugiram à regra. (Risos…)
Já um outro tio escolheu para os nomes das filhas a mesma letra inicial do nome da esposa, Martha. Inclusive também o mesmo nome. Então ficaram Martha Lúcia e Mônica.
História dos nomes próprios da minha família
Na minha família, o meu pai e minha mãe, escolheram para mim o mesmo nome do meu tio que havia falecido quase exatamente um ano antes de eu nascer. Ele faleceu em 30 de janeiro e eu nasci, no ano seguinte, em 29 de janeiro. Creio que na época, eles não pensavam em fazer o que fizeram depois.
Ao nascer o meu irmão, escolheram o nome de Alexandre. Talvez ainda aí não houvesse o desejo de colocar todos com a mesma letra mas, por coincidência, os dois nomes começam com a letra A.
Nasceu depois uma menina. E meu pai era louco por Érico Veríssimo, sendo fã de carteirinha de um de seus mais famosos livros na época – Clarissa.
Um pequeno parêntesis
Carissa, inegavelmente, foi inspirada em um personagem de Érico Veríssimo. É a história de uma menina de 13 anos que se muda para a Porto Alegre, vinda de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. A menina, muito otimista, hospeda-se numa pensão da capital, onde irá, através dos outros personagens, também hóspedes da pensão, descobrir o que é o mundo.
Este livro é o primeiro romance do autor, e fez muito sucesso na época. Ele era realmente maravilhoso.
Fechando o parêntesis
Pois bem, meu pai escolheu o nome da protagonista para nomear minha primeira irmã. Até então, nada para chamar a atenção. Veio então mais um irmão. Foi quando a mania começou. Eles observaram que havia dois meninos com os nomes iniciados pela letra A e uma menina com o nome iniciado com a letra C.
O que eles fizeram? Exatamente o que vocês estão pensando: escolheram para meu segundo irmão, um nome começado com a letra A. André, foi o nome escolhido. Então, minha família estava assim constituída: Meu pai que se chamava Antônio, eu (Alberto), meu irmão Alexandre, meu irmão, André e minha irmã, Clarissa. Homens com A, Mulheres com C. E minha mãe, que não tinha nada a ver com a história do Brasil, se chamava Maria Olívia, embora tenha sido ela a principal mentora de tudo isso.
Mas a história não para por aí. Até então, os homens predominavam absolutos. Mas veio mais uma irmã. E advinhem. Isso mesmo. Escolheram pra ela um nome que começava com C – Cláudia. Depois veio mais outra irmã e, é lógico que também escolheram um nome começado com C para ela. Foi Cristina.
Na ocasião, a família estava constituída por meu pai e minha mãe e 3 casais de filhos. Os homens todos com nomes iniciados pela letra A, e as mulheres todas (exceto minha mãe) com seus nomes iniciados pela letra C.
O desfecho da história
Vieram finalmente as pontas de rama como se fala. Os caçulas: um menino e uma menina. O menino se chamou Antônio, para ficar com o mesmo nome de meu pai, acrescentando-se o Júnior para diferenciá-los. E a derradeira foi uma menina. Esta iria causar uma grande reviravolta no costume até então adotado pelos meus pais. Meu pai queria que ela se chamasse Marília. Já pensaram que desastre?
Aí entra em cena o grande herói – EU. O salvador da pátria. Posteriormente, foi muita discussão. Não é possível que a gente tenha mantido esse costume por tanto tempo, somos 7 irmãos tendo os homens com nomes iniciados com A e as mulheres com os nomes iniciados com C e agora com a caçula, colocar o nome dela começado com M. É verdade que ficaria com a mesma inicial de minha mãe. Mas, ia quando crescesse se sentir rejeitada. Foi a ovelha negra da família. Olhe, foi muita discussão.
De onde veio a ideia
Eu havia assistido a um filme há pouco tempo, que tinha adorado. Sempre aos domingos. Um filme que inclusive foi disponibilizado aqui no blog Verdades de um Ser para você assistir a ele gratuitamente como filme online. (Clique no link acima) O nome do personagem principal deste filme era Cybèle.
Aí comecei a formular minha argumentação. Não foi à toa que depois, embora que só após 3 outras graduações concluídas, eu cursei e concluí o curso de Direito. E exerci durante cerca de 10 anos a advocacia. Mas voltando aos meus argumentos. Eu percebi, que os nossos nomes não tinham apenas a mesma letra inicial. Eles eram também em ordem alfabética! Isso se deu de modo inteiramente aleatório e não intencional. Mas aconteceu.
Os homens eram: Alberto, Alexandre, André e Antônio (apenas os filhos)
Alb, Ale, And e Ant.
E as mulheres eram; Clarissa, Cláudia e Cristina.
Clar, Clau e Cri.
E o nome Cybele, além de manter a tradição, agregava também valor ao costume pois, iria manter a ordem alfabética dos nomes. E havia pouquíssimos nomes próprios femininos que poderiam conseguir esta façanha. Venceram então os meus argumentos e minha irmã caçula ficou sendo chamada de Cybèle, tal qual a menina do filme. Com acento grave no primeiro E e tudo.
Resumo
Então, ficou assim constituída a minha família:
Antônio e Maria Olívia (Meus pais) | |
Alberto | Clarissa |
Alexandre | Cláudia |
André | Cristina |
Antônio | Cybele |