Informação valiosa. Para minha sorte que achei o seu website por sorte, e estou muito satisfeito com o que eu li aqui. Até logo abraço.
Cinemas de Recife que conheci [Texto autoral]
- By : Alberto Valença Lima
- Category : Verdades de meu ser [Textos autorais]
- Tags: #cinemasdeantigamente, #cinemasderecife, #cinemasderua, Blog Verdades de um Ser, Cine Art Palácio, Cinema AIP, Cinema da Fundação, Cinema Moderno, Cinema São Luiz, Cinema Trianon, Cinemas de Recife, Cinemas que conheci em Recife
CINEMAS DE RECIFE E ADJACÊNCIAS, QUE CONHECI ou DOS QUAIS OUVI FALAR
Vou enumerar e mencionar nas linhas a seguir, os cinemas de Recife e adjacências que conheci, ou dos quais, eu ouvi falar.
Na minha adolescência, cinema era uma das mais importantes diversões. E havia nas telonas, uma verdadeira magia. Quantos cinemas cheguei a conhecer! Era uma festa. Entrar no cinema era mágico. Chegava quase sempre acompanhado. Quer de colegas de rua, ou de amigos de jornadas, de irmãos ou de meus pais (na infância), de alguém que de cinema também gostasse.
Algumas vezes também, entrava sozinho e lá permanecia assim, para assistir ao filme solitário. Definitivamente, o importante mesmo, era a magia do cinema.
Cinemas do centro do Recife
São Luiz
De todos que conheci, o cinema São Luiz foi, e continua sendo, o mais luxuoso, o mais requintado, o de maior glamour. Acima de tudo, era tanto o glamour que, para ter direito a entrar no cinema, até final da década de 50 do século passado, era obrigatório o uso de paletó e gravata. E mulheres, preferencialmente, usavam vestidos longos. Ir ao cinema São Luiz era como ir assistir a uma ópera. Quantas vezes não aconteciam as famosas Sessões da Meia Noite, onde ocorriam pré-estreias ?
Primeiramente, foi lá onde assisti a filmes famosos como A noviça rebelde, a trilogia Sissi, com a encantadora Romy Schneider, A conquista do oeste, e tantos outros. Os dois primeiros você pode assistir a eles gratuitamente aqui no blog como um filme online. Basta clicar nos links acima.
Além disso, foi lá também, que funcionou durante algum tempo o famoso e saudoso Cinema de Arte, no qual, aos sábados às 10h da manhã, aconteciam sessões com filmes de arte, não mais nos circuitos comerciais, como o magnífico Sempre aos Domingos, Melhor Filme da Minha Vida, e muitos outros. Você também pode assistir a este filme online gratuitamente aqui no blog Verdades de um Ser. Basta clicar no link.
Foi lá onde assisti pela primeira vez na vida a um filme com censura de 18 anos. Eu tinha 14 mas, utilizando de uma carteira falsa, consegui entrar no cinema acompanhado do meu costumeiro companheiro de jornada, meu primo Jomar. Foi uma emoção inigualável que, ainda hoje me recordo. O filme foi Charada, com Cary Grant e Audrey Hepburn, direção de Blake Edwards e com música de Henry Mancini.
Outros cinemas São Luiz
Conheci dois outros cinemas com o mesmo nome – São Luiz. Um em Fortaleza, Ceará, e o outro no Rio de Janeiro, no Largo do Machado. Mas, nenhum dos dois se comparava nem de longe, ao cinema do Recife que, ainda hoje, guarda sua pompa para quem quiser conferir.
Cinema Moderno
Juntamente com ele, embora, um pouco inferior ao São Luiz, havia o cinema Moderno, localizado na Praça Joaquim Nabuco, onde hoje funciona uma loja de eletrodomésticos. O Moderno tinha também poltronas acolchoadas, e em uma coisa era melhor que o São Luiz – na plateia do primeiro andar, a primeira fila, que era o meu lugar preferido. À frente dela, ficava um parapeito da altura da cintura, o que permitia que se visse a tela sem esforço.
E a grande vantagem é que ninguém sentaria na sua frente para empatar a visão. No cinema São Luiz, essa fila dava para um parapeito mais alto e, mesmo para mim que já era alto, mesmo aos 13 ou 14 anos, para poder enxergar a tela tinha que fazer algum esforço, o que terminava por me fazer sentar na segunda ou terceira fila. E foi lá, no cinema Moderno, que assisti a filmes históricos como, por exemplo, Zorba, o grego, com música de Mikis Theodorakis.
Cinemas Art Palácio e Trianon
Os outros dois cinemas do centro eram o Art-Palácio e o Trianon. O primeiro localizava-se na rua da Palma e o outro na av. Guararapes, em frente ao prédio dos Correios. Apesar de também serem com poltronas acolchoadas, não tinham o glamour dos dois anteriormente mencionados. Mas foi lá nesses dois cinemas, especialmente o Trianon, onde assisti a ótimos filmes.
Cinemas do centro de segunda categoria
Finalmente, fora do circuito central e, considerados “cinemas de arrabalde”, o que significava, cinemas de bairros, havia também, no centro, mais 5 cinemas: o Ideal, o Glória, o Boa Vista, o do Parque e o Cinema AIP. Com exceção deste último, nenhum desses tinha poltronas acolchoadas ou ar condicionado.
Primeiramente, o Ideal que ficava na Praça do Terço, 61 ou na rua Vidal de Negreiros. Durante algum tempo, a exemplo do que ocorria no cine Glória, apresentava programa duplo, no qual com um só ingresso, o espectador tinha direito de assistir a dois filmes. Lá eu assisti a grandes filmes como Verão violento e Os cafajestes.
De maneira idêntica, bem próximo do anterior, tinha o cine Glória na praça do Mercado, na rua Direita, (ainda em funcionamento). Lá eu vi também grandes filmes, dentre os quais, destaco “La Basura” um filme com Zoe Laskari, famosa atriz grega que foi miss, e “A balada do soldado”, ambos os filmes, russos.
O cine Boa Vista ficava na praça Chora Menino, na Boa Vista. Embora na região central do Recife, era considerado cinema de arrabalde.
O cinema do Parque ficava localizado no Teatro do Parque que ainda hoje funciona na rua do Hospício.
O leitor Fernando Soares deixou um comentário lembrando um cinema que havia em Recife na rua Barão de São Borja – o Polytheama. Era assim que se escrevia. Eu lembro dele, embora nunca o tenha frequentado. Foi por puro esquecimento que não o incluí. Agradeço ao Fernando a gentileza da colaboração.
Um cinema especial
O Cinema AIP era um cinema onde eram exibidos filmes de arte e funcionava todos os dias em sessões contínuas. Juntamente com o cinema normal, às segundas feiras, à noite funcionava o Cine Clube Projeção 16, a cargo da direção do jornalista e crítico de cinema Jota Soares. Lá eu vi muitos filmes famosos e raros como As três faces de Eva, por exemplo. Depois que terminava o filme, era distribuído aos espectadores uma folha de papel com a ficha técnica do filme e um resumo de seu enredo. Ao final, havia também uma rápida explanação de algum expert sobre aquele filme, seguido de um debate com os espectadores presentes.
Dois fatos interessantes e curiosos que merecem o registro
1. As sessões dos cinemas eram contínuas e, quem chegasse com o filme já iniciado, poderia entrar, assistir ao filme até seu final e ficar para a sessão seguinte para ver o início do filme até a parte onde tinha visto. Portanto, se quisesse, poderia ficar até o final da sessão ou, assistir a quantas sessões desejasse, até o cinema fechar, diferentemente dos dias atuais.
2. A programação dos cinemas do centro, era de dois filmes por semana. Um de domingo a terça feira, e o outro, da quarta-feira ao sábado. Por outro lado, quando o filme era de muito sucesso, essa programação se alterava e, chegava a ficar em cartaz o mesmo filme no mesmo cinema por semanas consecutivas, como foi o caso de A noviça rebelde que chegou a ficar em cartaz no cinema São Luiz mais de 20 semanas consecutivas ininterruptamente.
Cinemas Veneza, Ritz e Astor
Posteriormente, já na década e 70, foram inaugurados mais três cinemas no centro do Recife. Todos tinham ar condicionado e poltronas acolchoadas. Primeiro veio o Veneza, na rua do Hospício, em frente às Lojas Americanas, que foi inaugurado com o filme Aeroporto, em som especial. O cinema era muito luxuoso, mas não se comparava ao cinema São Luiz, que entre outros luxos, tinha o espetáculo dos dois vasos de flores coloridas que eram acesos durante alguns segundos antes do início das sessões, sempre após as 3 badaladas que antecediam o apagar das luzes.
Logo em seguida era apresentado o jornal. Sim, havia em todas as sessões um jornal de atualidades, conhecido como o Jornal da Atlântida. Em seguida vinham os thrillers dos próximos filmes e finalmente iniciava a projeção do filme propriamente dito da programação.
Logo a seguir, foram inaugurados os cinemas Ritz e Astor, que ficavam na esquina da rua Visconde Suassuna com a Cruz Cabugá, onde hoje funciona o Ministério Público de Pernambuco.
Cinemas de arrabalde
Falarei agora dos cinemas de bairros, ou como também eram conhecidos os “cinemas de arrabalde”, o que significava que eles ficavam fora da região central, ou seja, em localidades mais afastadas do centro da cidade. Vou iniciar pelo bairro de Afogados, que era, depois de Olinda, o local aonde eu mais frequentava por ser onde morava o meu primo Jomar, companheiro de muitas sessões de cinema.
Afogados
Em Afogados havia 3 cinemas: o Eldorado, Central e Capricho que posteriormente foi transformado no Pathé.
Primeiramente, o Eldorado, que era localizado no Largo da Paz, s/n, fundado em 1937.
Em seguida, o Central, localizado na rua da Paz, 350, era o único cinema de arrabalde com poltronas acolchoadas e ar condicionado. Ficava exatamente em frente ao cine Eldorado. Tinha também paredes de vidro, a exemplo do São Luiz, por onde se podia ver, do primeiro andar, a rua da Paz e seu movimento. Fundado em 1945, possuía 580 lugares, distribuídos entre o 1º andar e o térreo.
O último ficava na rua São Miguel, s/n, fundado em 1952 e, em 1957 transformado no Cine Pathé.
Em seguida vou falar dos cinemas de Casa Amarela, que passei a frequentar com regularidade após a transformação do Cine Coliseu num Cinema de Arte permanente.
Casa Amarela
Casa Amarela possuía também 4 cinemas: o Cine Casa Amarela (Cacau), Rivoli, Coliseu e Albatroz
O primeiro não cheguei a conhecer. Funcionava na rua Padre Lemos, 94, onde hoje funciona o Mercado de Casa Amarela, anexo Padre Lemos.
O segundo ficava na Estrada do Arraial, 3923. Hoje, lá funciona o Banco do Brasil.
O terceiro ficava também na Estrada do Arraial, sendo no número 2563. Hoje lá é o prédio do Empresarial Quartier.
E o Albatroz, fundado em 1958, localizava-se na rua Pe. Lemos, 371 com capacidade para 940 pessoas. Hoje, lá funciona um complexo de várias lojas, dentre as quais, a Ótica Carol.
Cinema Coliseu
Destes, vou falar mais detalhadamente apenas do Cinema Coliseu, que na década e 60 foi transformado em um cinema de arte permanente. Primeiramente, foi uma grande conquista para Recife. Só o Rio de Janeiro e, talvez São Paulo, tivessem esse privilégio. E tínhamos, dois filmes por semana, a exemplo da programação dos cinemas do centro. Um lançado no domingo e o outro na quarta. Nas primeiras semanas, eram oferecidos sorvetes e refrigerantes para os frequentadores do cinema gratuitamente. Ao mesmo tempo, era também oferecido um guia impresso com toda a programação do mês, onde, além dos títulos e ficha técnica, havia também um breve resumo do enredo. Tenho ainda, e já publiquei aqui no blog Verdades de um Ser, alguns destes folhetos do passado. Consulte a postagem mencionada clicando aqui.
Havia também diversos festivais, nos quais era exibido apenas um filme por dia ao longo de toda a semana. Foram muitos os festivais oferecidos. O Festival do Jovem Cinema Alemão, o Festival do Cinema Japonês, Mostra de Western, Mostra Fred Astaire, Mostra de documentários de longa metragem e também festivais de alguns diretores como Godard e Richard Lester.
Ia muito também no bairro de Campo Grande, pois era onde minha avó materna morava. Vamos então falar um pouco sobre os cinemas que lá conheci.
Campo Grande
Em Campo Grande havia 4 cinemas: o Vera Cruz, o Éden, o Espinheiro e, o pouco conhecido, Allan Kardec que se localizava no colégio de mesmo nome em frente do atual Centro de Convenções de Olinda.
O cine Vera Cruz localizava-se na rua Gonçalves Dias, 65, antigo terminal de um ônibus da linha de Campo Grande que havia no passado.
O cine Eden localizava-se na Estada de Belem, 1177 fundado em 1928. Hoje no local funciona um armazém de construção.
O cine Espinheirense localizava-se na av. João de Barros, 1820 fundado em 1915. Lá eu assisti ao filme “Por um punhado de dólares” no dia 16 de setembro de 1967. Ao ser extinto foi transformado em uma loja da Lobras (Lojas Brasileiras), marca que existiu em Recife durante certo tempo e depois, foi também extinta. Hoje funcionam lá várias lojas, sendo a principal, a Ricardo Eletro. Anteriormente, não sei precisar quanto tempo, este cinema era denominado Cine Encruzilhada, pois fica bem próximo do Mercado da Encruzilhada. Mas não são dois cinemas distintos. Ambos, em épocas diferentes, funcionaram no mesmo local.
O cine Allan Kardec tinha uma programação especial. Lá só passavam filmes de arte. Era como um cineclube. Foi lá que assisti a filmes maravilhosos como “O processo”, que posteriormente vi novamente o Cinema de Arte. Localizava-se dentro de um colégio estadual cujo nome não lembro. Era quase em frente ao Centro de Convenções de Pernambuco. Fica na av. Prof. Andrade Bezerra, 826.
Também fui a um dos cinemas no bairro da Torre, que era um dos mais conhecidos da cidade. Vamos então falar sobre ele.
Torre
Na Torre havia 2 cinemas: o cine Torre e um cine cujo nome hoje não recordo. O primeiro frequentei muito. O segundo não cheguei a frequentar. Apenas sabia de sua existência. Localizava-se bem próximo ao cine Torre, na rua José Bonifácio. Sua localização exata eu também não recordo, mas ficava nas imediações de onde hoje funciona um sebo. Talvez o nome deste cinema seja o Cine Modêlo. (Assim que se escreve, com o acento circunflexo no E)
O cinema Torre, durante algum tempo, exibia 2 filmes em uma mesma programação, isto é, você pagava o ingresso e tinha direito a assistir a 2 filmes, a exemplo do que acontecia também no Cine Ideal e no Glória.
Também no bairro da Caxangá (Cordeiro), conheci alguns cinemas. Falemos também sobre eles.
Caxangá
Na Caxangá, havia pelo menos dois cinemas que frequentei: O Cordeiro e o Brasil. Este último ficava na av. Caxangá nº 2255, onde hoje é uma doceria. A Delidoce. Já o cine Cordeiro, que também ficava na av. Caxangá, era no nº 1211. Hoje não sei o que é lá pois parece que a numeração mudou. Ou era onde hoje é a Drogasil, ou onde está atualmente uma oficina de carro.
No Cine Brasil, foi onde assisti a um dos primeiros filmes de minha vida sem estar acompanhado por ninguém. Fui sozinho ao cinema e assisti ao filme “O pirata do Porto Belo”, um capa e espada com fotografia colorida que considerei ótimo. Ñão sei a data que o vi, mas foi antes de 1963.
O Cine Cordeiro eu conheci ao assistir ao filme “Cidade sem Compaixão” , um filme em preto-e-branco estrelado por Kirk Douglas e com uma linda música de Dimitri Tiomkim, que na época dei a ele a cotação máxima – 5 – no meu Caderno de Cotações de Cinema. A direção é de Gottfried Reinhardt. Assisti a este filme no dia 25 de setembro de 1965.
Também fui a alguns cinemas no bairro de Água Fria. Vamos então falar sobre eles.
Água Fria
Em Água Fria havia 2 cinemas: o Império e o Olímpia.
O cine Império localizava-se no Largo de Água Fria, s/n e foi fundado em 1936. Lá vi filmes como As aventuras de Tom Jones.
O cine Olimpia ficava localizado na av. Beberibe, 1501 e foi fundado em 1956.
Areias
No bairro de Areias havia o cine Guararapes, localizado na av. José Rufino, 1190. Foi fundado em 1950. Hoje funciona um supermercado lá. Cheguei a frequentá-lo uma ou duas vezes. Lembro que assisti lá ao filme Vidas íntimas com Claudia Cardinale em 1966.
Boa Viagem | Pina
Também conheci em Boa Viagem um cinema – o cine Atlântico, que ficava na Av. Conselheiro Aguiar, 28, onde hoje fica um prédio que eu acredito que esteja desativado. Era o teatro Barreto Júnior. Nele assisti em 21 de fevereiro de 1968, ao filme “Crime de Amor”. Uma coprodução germano brasileira com a direção de Rex Endsleigh. Sobre este cinema, encontrei uma reportagem que afirma ter sido ele, um ícone no bairro do Pina, onde se localizava. Os ingressos eram mais baratos e havia estreias nacionais lá exibidas. Era um local muito badalado e permaneceu em atividade até 1985.
Tomei conhecimento também de um cinema em Boa Viagem a partir de um contato de um dos leitores – Jaime Palhinha – deste blog que deixou alguns comentários nesta postagem. Foi o cine Brigadeiro Coelho que pertencia a um brigadeiro da aeronáutica. Ele não lembra o endereço. Só que era um cinema com cadeiras de madeira mas com uma boa programação. Lá ele viu filmes como “Adeus às ilusões”, e “A mulher de palha”.
Cidade de Olinda
Olinda tinha dois cinemas muito frequentados, especialmente nas matinées dos domingos. O Cine Olinda e Cine Duarte Coelho.
O cine Olinda localizava-se na Praça do Carmo, s/n, onde hoje ainda existe abandonado o prédio. Nele eram exibidos antes do filme principal, nas matinées os famosos seriados de Flash Gordon, Tarzan, Roy Rogers e outros. Foi lá que assisti a um filme que há muito tempo tento encontrar uma cópia para rever: A moderna Mata Hari. Também assisti lá Gunga Din, Crescei e multiplicai-vos e A face oculta.
O cine Duarte Coelho localizava-se na praça Cel. João Lapa, s/n, no Varadouro. Fundado em 1942 e fechado desde 1980, foi palco de muitas sessões importantes na minha vida tais como Quando setembro vier, Davi e Golias, Pepe e muitos outros quando tinha cerca de 12 a 14 anos. Era comum reunirmos uma turma de 4 ou 5 vizinhos e irmos até lá para assistir ao filme que estivesse sendo exibido nas tardes de domingo.
Foi lá que assisti a um dos filmes mais belos e que mais me emocionaram na vida. Ainda hoje, guardo uma das frases do filme, com carinho. O filme foi Eu amo, tu amas, um documentário sobre o amor. Há uma cena no filme, em que é mostrado um banco, onde estão sentados um jovem casal aos beijos, e um velho solitário. O locutor então diz: “A milhões e milhões de anos-luz de distância, estão a solidão que precisa de amor, e o amor que precisa de solidão.” Assim, esta frase me marcou muito.
Devo falar também dos cinemas de uma cidade próxima de Recife – Jaboatão dos Guararapes, pois lá conheci um de seus cinemas, no qual assisti filmes maravilhosos e marcantes em minha vida de adolescente.
Cidade de Jaboatão dos Guararapes
Em Jaboatão conheci o cinema Samuel Campelo, que ficava na praça de Jaboatão, no centro. Foi lá que assisti ao filme Vento do Sul, com Claudia Cardinale. Saí de Olinda para Jaboatão, à noite. Na época, para ir de uma cidade a outra, se levava cerca de 3 h a 3 h e meia.
Também conheci cinemas em Palmares, cidade localizada a cerca de 120 km da capital. Lá fui passar algumas férias e, não poderia deixar de conhecer alguns cinemas.
Palmares
Cine Apolo, fundado em 1914, era o cinema mais antigo do interior de Pernambuco. Estava fechado há vários anos mas, este ano de 2018, foi reaberto, na comemoração dos 139 anos da emancipação da cidade, segundo informa o blog do Sobrinho, disponível em http://blogdosobrinho.com.br/cine-teatro-apolo-e-reaberto-nos-139-anos-de-palmares/ e consultado em 21/08/2018. A data de comemoração da emancipação de Palmares é 9 de julho.
Os filmes aos quais assisti lá foram: Os cavaleiros da Távola Redonda e O terror no circo, em dezembro de 1963.
Cinemas dos quais ouvi falar
Em um dos sites pesquisados há citação de alguns outros que, por não ter encontrado outras referências para confirmação, aqui faço apenas uma alusão aos mesmos. São os cinemas:
- Cine Aliança, na rua Manoel de Azevedo, 229 na Iputinga
- Cine Cajueiro, na av. Cajueiros, s/n em Cajueiro
- Cine Caxangá, na av. Afonso Olindense, 47 na Várzea.
- Cine Diacuí na rua do Reservatório, 43 em Nova Descoberta.
- Cine Estrêla na rua Eurico Vitruvio, 331 no Pina
- Cine Estância na av. José Rufino, 446 na Estância
- Cine Guarani na rua Nova, 314 no Centro
- Cine Ipojucam, na praça da Convenção, s/n em Beberibe;
- Cine Iputinga, na av. Caxangá, 3549;
- Cine Irajá, na rua Nova Descoberta, 196;
- Cine Itatiaia, na rua André Albuquerque, 91 no Barro;
- Cine Luan, na Praça de Casa Forte, s/n, em Casa Forte;
- Cine Mangueira, na rua João Eliseu, 414 na Mangueira;
- Cine Modelo, na Av. Real da Torre, 1500, na Torre;
- Cine Pompeia na Estrada Velha de Água Fria, 1546 em Água Fria;
- Cine Popular, na rua do Jasmim, 89 nos Coelhos, na Boa Vista;
- Cine Recife, na av. Beberibe, 530 em Beberibe;
- Cine Santo Amaro na av. Norte, 1048 em Santo Amaro;
- Cine São João na rua Falcão Lacerda, 391 em Tejipió;
- Cine São Jorge na Estrada dos Remédios, 973 em Afogados;
- Cine São José na rua Pedro Teixeira, 220 em Coqueiral;
- Cine Urca na av. Norte, 3892 na Tamarineira;
- Cine Vasco na rua Pe. Lemos, 819 e fundado em 1952.
O cinemas de rua do Recife que ainda estão em atividade
Atualmente, destes cinemas todos, ainda resistem o Cinema São Luiz e o Cinema do Parque. Foram inaugurados ainda e não foram incluídos nesta postagem os cinemas da Fundação Joaquim Nabuco e que ainda estão em atividade. O primeiro deles, foi o do Derby. que fica onde funcionou a Escola Técnica Federal, e antes dela, a Sociedade de Medicina. Depois foi inaugurado o que funciona no Museu do Homem do Nordeste, em Casa Forte. E finalmente foi também inaugurado o do Cais do Apolo.
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Este texto não está completo. Se você conheceu algum outro cinema em Recife que não está aqui mencionado, deixe seu depoimento nos comentários. Eu lhe agradeço.