Sonetos meus
Soneto… o que é?
Soneto é uma das modalidades poéticas mais praticadas e festejadas no mundo. Sempre os admirei. Cheguei mesmo a compor alguns e os publiquei no meu livro Caminhos de mim, recentemente lançado (2018).
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Sonetos
Bem, mas voltando ao soneto. Eu nunca tinha me preocupado em estudar a sua teoria. Compunha-os sem me importar com regras. A única regra que respeitava era a da distribuição dos seus versos, isto é, dois quartetos e dois tercetos, nesta ordem. É o famoso soneto italiano, ou petrarquiano, o soneto tradicional, ou o mais praticado no mundo.
Existem, é verdade, outros tipos de soneto. Mas são, a meu ver, aberrações. E muito pouco praticadas.
Grupos de Sonetistas
Muito bem. Fui despertado para a teoria do soneto recentemente, quando vi uma postagem em um grupo do qual participo, de um poeta que faz parte de um grupo chamado Fórum do Soneto. E resolvi escrever para eles para saber a forma de participar do mesmo. Constatei então, que se desejasse ser incluído, deveria, primeiro, estudar a teoria do soneto.
E foi assim que me incuti nesta arte. Após estudar com certa profundidade a teoria, comecei a praticar a composição de sonetos petrarquianos, ou sonetos italianos, ou ainda, os sonetos clássicos. Que são os que foram praticados pelos meus maiores ídolos do soneto, a saber: Camões, Vinícius de Moraes, Florbela Espanca, Olavo Bilac, Augusto dos Anjos, Guilherme de Almeida, e tantos outros.
Desse modo, estou me preparando para alcançar os requisitos necessários para participar do seleto grupo de sonetistas do Fórum do Soneto, e já pleiteei o ingresso em outro grupo de sonetistas um pouco menos rigoroso da ABRASSO, Academia Brasileira de Sonetistas. Estou aguardando a decisão.
Sonetos meus
Mas em um mês ou pouco mais que isso, já compus alguns sonetos clássicos e já publiquei alguns na minha página do Recanto das Letras – Recanto de Alberto Valença Lima.
A seguir, postarei cinco deles para florear esta postagem.
O PALHAÇO
Naquele palco, soberano brinca,
Pobre palhaço, disfarçando o pranto
Do coração que despedaçado, tanto
Chora sentido o que em su’alma finca.
Triste palhaço de uma vida inca…
Sempre ele alegra, encarnando o santo.
Quer na vitória, ou no fracasso quanto
Sonhos do além do coração que trinca.
Circo, palhaço, alegria é imensa!
Se na cidade entra a grande festa.
Logo irão todos saber pela imprensa.
Mas o palhaço, de alegria infesta
E toda gente tem mágoa suspensa…
Mas a tristeza? Pobre homem… gesta!
***
UMA PRECE…
Alberto Valença Lima
Meu Deus, Meu Deus! Preciso te falar:
A gratidão só tem quem reconhece,
Que desta vida nós só temos benesse
E vós estais no ar, na Terra e mar.
Mas agradeço por me dares par.
Par, que comigo faz a velha prece,
Sem permitir que eu nem sequer tropece.
Um par que é minha esposa para amar.
Meu Deus, Meu Deus! A vida tem surpresas…
Surpresas que diversas vezes dão
Pra nós, motivo de mantermos presas
Nossas mais tênues súplicas do irmão,
Que faz as nossas vidas tão acesas
E a nossa amada, vinda de um clarão.
***
Deo Gratias
Alberto Valença Lima
Agradecer: dever de todos nós
As preces que fazemos pra pedir
Não devem ser as preces pra auferir
Porém para dar graças a Vós.
Da vida e do amor… Escuto a voz
Vós sois a Luz e o Real do porvir
E não notamos que sois o elixir
Vivemos só querendo venha a nós.
Vos peço só razão e retidão
Só pra poder provar a gratidão
Que eu tenho a Ti por seres o meu Deus
Deus que me dá tantas bênçãos aos meus
Eu vivo a amar os nobres e plebeus
Mas só Tu és meu Deus do coração.
***
FÉ
“A fé move montanhas”… fala bem
O dito popular tão conhecido.
Se você acredita, tudo vem!
Nada deixar-lhe-á entristecido.
E se você medita, se mantém.
A fé é poderoso comprimido,
Que nenhum exagero irá além.
Excesso, suas doses têm, de fido.
A fé é tal cavalo de corrida:
Larga bem e dispara numa pista
Com boa dianteira, já liquida.
Com fé inabalável, nem se avista
De vitória vestida e fé vivida
Conquista qualquer meta que resista.
***
SONETO DO AMOR ETERNO
Nossa história começou numa festa,
Que estive num clube lá no Espinheiro.
Fui flechado por Cupido certeiro,
E o que o nosso amor instantâneo atesta.
Num agosto de noite tão modesta,
Deparei-me com notável arqueiro
Que mudou meu coração pra um braseiro
E hoje aqui, te dedico esta seresta.
Com todo esse amor que a ti consagrei
Festejamos hoje cinquenta anos
E hoje, enfim juntos, já que agora é lei!
E aqueles velhos planos, hoje insanos
Não podem mais fazer de mim um rei
Mas serei pra ti, tal os espartanos.
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Nota.
Dedicado à minha amada esposa Maria do Socorro Barreto de Lima, que conheci em 15 de agosto de 1971.
Dia 15/08/2021 fez 50 anos que nos encontramos em uma festa na AABB em Recife – PE, e no dia seguinte, começamos a namorar.
Um ano depois, noivamos, e hoje estamos casados.
Composto em 16/08/2021
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