LE PETIT PRINCE
Antoine de Saint Exupèry
Sem sombra de dúvidas, este foi um dos livros mais bonitos que já li em toda minha vida e, exalte-se o fato de ter sido o livro que mais reli e o que mais me impressionou. Já perdi as contas das vezes que o reli integralmente e, as vezes que li pequenos trechos dele são mais incontáveis ainda. Não estou falando de 10 ou 20 vezes mas de, talvez, 100 vezes ou mais de leituras integrais.
Este pequeno livro escrito por Exupèry na década de 40 no século passado, com as aquarelas do autor colorindo e ilustrando o livro que, aparentemente, trata-se de literatura infantil mas, que na verdade, é leitura do mais alto nível e, o mais importante, dedicada aos adultos. Tanto que, na própria dedicatória, o piloto do correio francês que chegou a passar pelo Brasil, escreve: “A Leon Werth. Peço perdão às crianças por dedicar esse livro a uma pessoa grande. (…) mas, se todas essas desculpas não bastam eu dedico então esse livro à criança que esta pessoa grande já foi. Corrijo portanto a dedicatória: A Leon Werth quando era pequenino. “ Neste primeiro contato do autor com o leitor, ele deseja informar que o livro é para ser lido pelas pessoas grandes, isto é, pelos adultos. E antes de finalizar a dedicatória diz uma das frases de destaque do livro, se é que se pode destacar alguma: “Todas as pessoas grandes já foram crianças um dia, mas poucas se lembram disso.”
A história deste livro em minha vida
Li pela primeira vez esse livro quando tinha 15 anos. Recebi o livro como presente de aniversário de minha mãe e ainda possuo o exemplar que está totalmente grifado, desde a dedicatória até a última página quando o autor apresenta a paisagem para ela mais triste.
Tinha uma mania (não a tenho mais) de sublinhar textos que para mim mereciam destaque nas leituras que fazia. Com O Pequeno Príncipe foi engraçado. Na primeira leitura que fiz, sublinhei algumas frases mas, relativamente poucas em comparação com as que hoje estão marcadas. À medida que fui lendo a obra outras vezes, foram surgindo novas frases que não tinha percebido como importantes nas leituras anteriores e assim, o livro foi ficando tão sublinhado que hoje, pouquíssimas são as frases que não estão destacadas.
Este livro tornou-se ainda mais importante para mim devido a uma menina com quem me correspondi na adolescência e que, por também admirar o Princepezinho, nas cartas que trocávamos, numa média de uma por semana, vinham incluídos vários textos que se adequavam.
Ainda não concluí o que pretendo escrever mas, para postar no natal estou atropelando as coisas.
Peço desculpas a quem estiver lendo isto por esta falta.
Antes de terminar vou transcrever aqui o oferecimento feito pela minha mãe no livro quando o deu a mim de presente.
Oferecimento no livro
“Alberto:
No planeta do principezinho havia, “como em todos os outros planetas, ervas boas e más. Por conseguinte, sementes boas de ervas boas e sementes más de ervas más. Mas as sementes são invisíveis. Elas dormem no segredo da terra até que uma cisme de despertar. Então ela espriguiça, e lança timidamente para o sol um inofensivo galhinho. Se é de roseira ou rabanete, podemos deixar que cresca à vontade. Mas quando se trata de uma planta ruim é preciso arrancar logo, mal a tenhamos conhecido.”
Nosso coração é como este planeta. Cuide do seu como o principezinho cuida do seu asteróide. “Arranque regularmente os baobás, logo que se distingam das roseiras com as quais muito se parecem quando pequenos.”
Mamãe
Olinda, 29 – I – 1966
Quem desejar poderá baixar todo o conteúdo do livro em PDF disponibilizado pela biblioteca Rádio bom espírito clique no link abaixo.
Pequeno Príncipe
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