Adoro os textos do Vínicius, nunca tinha visto falar deste livro. Achei interessante!
Parabéns pelo blog!
Bjs
Tratando-se de uma obra de Vinícius, quase que dispensa apresentações mas, pra não fugir à regra, fornecerei algumas informações sobre o autor e o livro.Vinícius de Moraes foi um dos maiores poetas brasileiros do século XX. Nasceu em 19 de outubro de 1913 no Rio de Janeiro, sendo batizado como Marcus Vinitius da Cruz de Melo Moraes. Seus pais, Lydia Cruz de Moraes e Clodoaldo Pereira da Silva Moraes eram ambos ligados às artes. Sua mãe era exímia pianista e o pai poeta bissexto. Explicando pra quem não sabe o significado: poeta bissexto, é alguém que escreve poesias apenas esporadicamente. Vinícius morou em vários endereços ao longo de sua infância, quase todos no Botafogo.
Já em 1922, aos nove anos, escreve seus primeiros versos. Neste ano vai ao cartório para registrar-se como Vinícius de Moraes. Vem a falecer em 9 de julho de 1980 em sua casa de edema pulmonar.
Este livro teve suas poesias escolhidas pelo próprio autor e foi publicado pela primeira vez em 1954 no Rio de Janeiro pela Editora ‘A noite’. Pode, segundo consta em “Advertência”, escrita pelo próprio autor em agosto de 1967, ter sido dividido em duas partes correspondentes a duas fases distintas da poesia do autor. A primeira, “transcendental e frequetemente mística, resultante de sua fase cristâ” encerra com o poema ‘Ariana mulher’, e a segunda, em oposição ao transcedentalismo anterior, inicia com o poema ‘O falso mendigo’.
O livro consta de 153 textos, dentre os quais, a maioria é de poesias, sendo 49 para a primeira parte e o restante para a segunda, excetuando-se cinco deles que foram elegias colocadas entre as duas fases, representando a transição do poeta entre ambas.
No livro constam vários dos poemas mais famosos do autor como ‘Soneto da despedida’, ‘Soneto da contrição’, ‘Soneto da fidelidade’, ‘Soneto do amor maior’, ‘Soneto de Quarta-feira de Cinzas’, ‘O dia da criação’, entre tantos.
Apesar da grande fama do poeta, a obra de Vinícius é relativamente escassa. Constam da mesma, apenas 11 livros a saber:
De todas as poesias do livro, creio que as que mais gosto são o ‘Soneto de Quarta-feira de Cinzas’ e o ‘Soneto da fidelidade’ que sei de cor mas, o versos de Viníciius são inconfundíveis. Foi um ícone da poesia nacional, fazendo várias parcerias com músicos que imortalizaram várias delas como ‘Garota de Ipanema’, ou ‘Chega de Saudade’, ou ainda ‘Serenata do Adeus”. Seus principais parceiros foram Tom Jobim, Chico Buarque, Toquinho, Baden Power, João Gilberto e Carlos Lyra.
Esta obra não pode ser dispensada em nenhuma biblioteca que se preze. É um livro para consultas e deleite de quem aprecia a poesia. Sem pestanejar, atribuo ao mesmo cinco estrelas. É um dos melhores livros que já li na vida.