Ah. ..Eu estive aqui e li o que você postou sobre o livro. ..Maravilhoso!
É uma pena eu estar pelo celular e a Net ser tão lenta.Gostaria de explorar o blog, deve ter muitos outros fascínios por aqui.
“Verdades de um ser” gostei muito do título.
E obrigada mais uma vez por me trazer à tona boas memória, não apenas literária, mas principalmente emocional da minha infância.
Fernão Capelo Gaivota [Livro]
- By : Alberto Valença Lima
- Category : Minhas verdades através dos livros
- Tags: Johnnathan Livingston Seagull, Richard Bach
A história de Fernão Capelo Gaivota, Richard Bach, Editorial Nórdica, 152p., 1974. Fotografias de Russell Munson.
Há muito tempo que era pra eu ter escrito esta crítica sobre este livro. Hoje finalmente ela está disponível. Leia o que escrevi sobre um dos melhores livros que já li na vida.
História da liberdade que cada um de nós procura. História da superação, da busca pela perfeição, representada numa gaivota chamada Fernão Capelo, na tradução de Antonio Ramos Rosa e Madalena Rozález pois, na versão original norte-americana, o título não tem nenhuma referência a este nome. O título original é “Jonathan Livingston Seagull – a story” que, traduzindo, seria “Jonathan Livingston Gaivota – uma história”. Mas, Fernão Capelo Gaivota, é um personagem a quem o autor empresta todas as buscas que cada um de nós vive a procura.
Em alguns aspectos, o livro lembra muito O Pequeno Príncipe de Exupéry. Em comum com Antoine de Saint Exupéry, Richard Bach tem o amor pela aviação. Ambos foram pilotos.
O livro nos é apresentado em três partes. Na primeira, Fernão Capelo tenta se superar e encontrar a perfeição. Na segunda parte, Fernão Capelo já não é mais desse mundo. Uma das frases famosas de Richard Bach é que ele afirma: “Eis um teste para saber se você terminou sua missão na Terra: se você está vivo, não terminou.” Nesta segunda parte, Fernão Capelo vive no paraíso, não tem mais limitações. Mas ao descobrir que continua com limitações e que “o paraíso não é um lugar nem um tempo“, encontra novos desafios, novas aprendizagens, novos objetivos. A perfeição é sua meta. A liberdade é o seu limite. Nessa busca ele encontra outras gaivotas entre elas, Henrique Gaivota, Chiang, Francisco Coutinho Gaivota, João Calvino Gaivota, entre outros. Na terceira parte, Fernão é o instrutor que tenta transmitir aos seus discípulos, o que alcançara ao longo de sua existência.
E entre as páginas, algumas sequências de belíssimas fotografias de gaivotas nas mais diversas situações.
Richard Bach nasceu em Oak Park, Illinois, Estados Unidos em 23 de junho de 1936. Filho de Roland Robert e Ruth Helen Bach, foi casado duas vezes. Com sua primeira esposa teve seis filhos, dos quais, um deles chamava-se Jonathan, que escreveu um livro sobre sua relação com o pai que nunca conheceu porque ele sempre vivia voando. Richard Bach candidatou-se por três vezes para ser piloto na Marinha norte-americana e todas as vezes foi reprovado. Candidatou-se para ser piloto da Força Aérea e foi aprovado mas, não queria pousar em porta-aviões e terminou por ser piloto reserva da Força Aérea. Foi piloto de aviação comercial e instrutor de voo. Sofreu um grave acidente em setembro de 2012, ao tentar pousar um pequeno avião que pilotava na ilha de San Juan, em Washington. Divorciou-se da primeira esposa logo após o nascimento de seu sexto filho e ficou sozinho por longo tempo pois não acreditava na instituição do matrimônio. Conheceu sua segunda esposa, Leslie Parrish nas filmagens do filme Jonathan Livingston Seagull em 1973, baseado nesta obra. Publicou vários livros dentre eles, alguns foram best sellers e fizeram muito sucesso no Brasil quando foram lançados. Cito “Ilusões“, “Longe é um lugar que não existe“, que tem aqui no blog uma crítica sobre ele (para ler, clique no link), “A ponte para o sempre” e seu último livro, “Manual do Messias – Um guia para a alma avançada” lançado em 2004. Quase todos os seus livros estão relacionados com o voo.
É, sem dúvida, um dos mais belos livros que li. Não há comparação. Ele está no topo. Mas não é o melhor livro. Porque não há um melhor livro! Apenas posso colocá-lo num patamar – o dos melhores livros que já li. Junto com O Pequeno Príncipe, de Exupéry, com Dibs, em busca de si mesmo, de Virgínia Axline; O diário de Anne Frank, dela própria; Meu pé de laranja lima de José Mauro Vasconcelos, Arquitetura dos Sentidos de Bartyra Soares; Versilêncios, de Gerusa Leal. Mereceu cinco estrelinhas.