Desconhecia a obra e, pelo que disse sobre ela, vale uma atenta leitura. Obrigada pela dica. Ainda prefiro adquirir os livros (rss) que baixá-los, mas já anotei seus dados. Abraço.
Dibs, em busca de si mesmo – Virgina M. Axline [Livro]
Dibs, em busca de si mesmo
Hoje, dia 02 de abril, Dia Internacional do Autista, quero aproveitar para postar a crítica deste livro que há muito tempo estou querendo escrever – Dibs, em busca de si mesmo. Li este livro antes de cursar Psicologia. Depois, o li ainda umas 2 ou 3 vezes. É um livro lindo! Comovente, inesquecível. Para vocês terem uma idéia do quanto ele é fantástico, é o livro que figura entre os três melhores livros que já li na vida. E olhe que já li muito mais de 300 livros. Não tenho mais a conta de quantos livros li mas, foram muitos, isso lhe garanto.
Vale a pena ler o que fala sobre ele no Google Livros.
Este livro é um convite para entender e amar a criança que continua escondida em cada um de nós e sentir a grandiosidade da participação do mistério cósmico que nos une às montanhas, ao mar, às chuvas, às árvores, aos passarinhos e a todos os animais, às crianças, aos jovens, aos adultos num agigantamento do nosso ser e num aprofundamento de nossa originalidade pessoal. A experiência descrita neste livro é indizível, impossível de submeter-se a uma descrição, mas as pessoas que se permitiram atingir a estatura do humano sentem e completam os retalhos que foram recolhidos.
Semelhança com O Pequeno Príncipe
Será que alguém reconhece alguma coisa neste texto? “…entender e amar a criança que continua escondida em cada um de nós…” É puro Exupéry, no mais autêntico e cristalino teor da dedicatória do Pequeno Príncipe. Quem não lembra, confira abaixo.
A Leon Werth
Peço perdão às crianças por dedicar este livro a uma pessoa grande. Tenho uma desculpa séria: essa pessoa grande é o melhor amigo que possuo no mundo. Tenho uma outra desculpa: essa pessoa grande é capaz de compreender todas as coisas, até mesmo os livros de criança. Tenho ainda uma terceira: essa pessoa grande mora na França, e ela tem fome e frio.
Ela precisa de consolo. Se todas essas desculpas não bastam, eu dedico então esse livro à criança que essa pessoa grande já foi. Todas as pessoas grandes foram um dia crianças (mas poucas se lembram disso). Corrijo, portanto, a dedicatória: (grifo meu)A LÉON WERTH
QUANDO ELE ERA PEQUENINO
Por que será então que este livro está entre os três melhores livros que já li na vida? Os outros dois são: O Pequeno Príncipe (Exupéry) e Fernão Capelo Gaivota (Richard Bach).
Explorando o livro
Bem, Dibs é uma criança que é descoberta como excepcional, ou melhor, autista, e entra num processo psicoterápico com a psicóloga e renomada autora do livro. Ou seja, o livro é um relato com autorização dos pais, do processo psicoterápico de Dibs. Mas não pense que é enfadonho pois não é. O livro é fascinate. Mesmo para quem não é psicólogo ou para quem não aprecia as teorias psicológicas. Eu o li pela primeira vez muito antes de começar a cursar Psicologia. Fiquei maravilhado. A satisfação foi tanta, que este livro passou a dividir o cobiçado prêmio de Melhor livro já lido por mim juntamente com O Pequeno Príncipe de Exupéry.
Só muito mais tarde, fui ler o outro livro citado anteriormente. É fascinante, você entrar no mundo de Dibs e, com ele, partilhar as suas inquietações, suas descobertas, sua evolução. E tambem não menos encantador, é a postura e as conclusões expressas pela autora a respeito de Dibs, ao longo de seu processo psicoterápico. Qualquer estudante de Psicologia tem obrigação de ler esse livro. Do mesmo modo que não pode terminar o curso sem ter lido alguma coisa sobre Rogers, Piaget, Skinner, tambem não pode deixar de ler Dibs. E quem não é estudante de Psicologia, do mesmo modo, deve ler esse livro para compreender e se maravilhar, com o processo psicoterápico de uma criança.
O livro foi publicado pela primeira vez pela Random House Publishing Group em 1964 em Toronto, Canadá. Foi traduzido no Brasil por Célia Soares Linhares em 1973. Dibs, menino de 5 anos, apresentava problemas de relacionamento com os pais, colegas de classe e professoras. Incapaz de tirar o próprio casaco ou de vestir uma roupa.
Opinião de um famoso psicólogo sobre o livro
Leia o que Leonard Carmichael, renomado e festejado psicólogo norte-americano escreve sobre o livro na sua introdução.
“O livro oferece, inicialmente, uma visão daquilo que a autora chama “a busca de si mesmo”, e, neste caso, pateticamente empreendida por um pequeno ser humano atormentado. No final, Dibs consegue emergir como uma pessoa brilhante e talentosa, um verdadeiro líder, como resultado da respeitosa e extraordinária habilidade clínica da Dra. Axline.”
Você pode baixar este livro em PDF no link a seguir. DIBS – Em busca de si mesmo
Viginia Mae Axiline:
Era uma psicóloga norte-americana muito conhecida em todo o mundo por suas publicações – Dibs, em busca de si mesmo e Ludoterapia. As práticas de ludoterapia hoje praticadas são, em sua maioria, baseadas em conclusões formuladas por ela em suas publicações desde 1940. Ela começou a pesquisar sobre o assunto baseada nas teorias de Carl Rogers. Em seu primeiro trabalho publicado, ela estabeleceu os 8 princípios básicos da ludoterapia não diretiva. Para quem não conhece a teoria, ludoterapia é um segmento da Psicologia que trata de terapia com crianças utilizando jogos, desenhos, fantoches, e outras brincadeiras através das quais a criança se expressa.
A Dra. Axiline estudou nas universidades dos estados de Ohio e Columbia. Nasceu em 1911 e faleceu em 1988. Ela ensinou na Escola de Medicina e Escola de Educação da Universidade de Nova Iorque, passou sete anos ligada à faculdade de Columbia University Teachers College e por três anos como pesquisadora associada e membro do corpo docente da Universidade de Chicago. Quem desejar pode acessar o site da Good Therapy para saber mais sobre a autora no link.
Dibs, em busca de si mesmo, Virgínia M. Axline, Trad. Célia Soares Linhares, Agir, 7 ed., 1982, 200p.
Para ler este livro você pode baixá-lo no seu computador clicando no link a seguir. É uma versão PDF da publicação que encontrei na internet.