Que maravilha! A comecar pela capa! Acho que eh sim um excelente presente no dia 12 de junho, neste mundo lotado de smartphones e falta de comunicacao – mesmo que digam que a comunicacao eh melhor hoje. No meu entender, nao eh. Adoraria ler este livro e seus poemas! Um dia sei que vou! Um abraco!
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Poesia – Palavra é Arte- Alberto Valença Lima e outros [Livro]
- By : Alberto Valença Lima
- Category : Minhas verdades através dos livros
Poesia – Palavra é Arte, Alberto Valença Lima e outros, Palavra é Arte, SP, 160p.
ISBN – 978-85-68593-06-6
O autor nos oferece, nas páginas desta coletânea, um dos aspectos do seu ser, cheio de riquezas através de uma impecável correção gramatical, 15 dos seus poemas de uma obra já bem vasta publicada neste blog Verdades de um Ser e também no sítio Recanto das Letras.
Em quase todos esses 15 poemas, ele expõe sua tristeza, que é patente neste excerto. Desde a primeira – Retalhos de vidro atrás da porta à esquerda, até a penúltima – Soneto da saudade, encontramos vestígios desta tristeza impregnados nos seus versos.
Em Retalhos de vidro…, por exemplo, ele escreve na última estrofe:
“Agora, o mar é só e chora em vagas.
O mar e eu, o verde, a praia triste.
Terra molhada, sem paz, não tenho plagas.
Estou vazio, a praia só, e tu, partiste!”
Note que a tristeza está em todos os versos, em todas as imagens, em todo o seu ser! O mar “chora em vagas”, “a praia triste”, “sem paz, não tenho plagas”, “estou vazio”. Tudo remete a um sentimento de falta, de desolação, de tristeza.
Isso não faz de seus versos terem pouca beleza. Nos versos citados mesmo, encontramos imagens bem criativas e belas como o mar chorar, por exemplo. Mas em vários outros, as construções poéticas são de uma beleza singular. Podemos citar também uma estrofe do segundo poema do livro – Intensité, onde também encontramos presente a tristeza, embora projetadas nos sentimentos de outra pessoa.
“Onde moram tuas tristezas?
Acaso, de intensas vivências, acreditas,
melancólica, que de luzes, te colherei em cores?”
Observe a imagem poética do autor no último verso. “… que de luzes, te colherei em cores”. Ele compara a mulher a uma flor (colherei) mas a flor é feita de luzes e estas, estão impregnadas de cores. Muita bela a construção.
Já na carta publicada junto com os poemas, podemos descobrir o seu romantismo e a maestria em escrever corretamente. São reminiscências do início de sua fase adulta, que ele compartilha com os leitores que quiserem conhecer um pouco mais deste homem, hoje maduro, no arroubo de sua juventude, embora a carta tenha sido escrita quando ele estava com mais de cinquenta anos. Não sabemos se muito ou pouco mais mas, certamente, antes dos sessenta.
É uma carta na qual ele recorda “momentos inesquecíveis e paradisíacos” vividos por ele aos 22 anos, numa época em que, a comunicação à distância, era feita, quase que exclusivamente, por cartas.
Alem das poesias de Alberto Valença, o livro trás também poesias de 9 outros poetas e poetisas. Cinco poetas e quatro poetisas. Cada um deles, à sua maneira, apresentam suas verdades em versos que traduzem os sentimentos de cada um.
Este é um ótimo presente para quem quiser fazer diferente e dar poesia à narmorada no próximo dia 12 de junho. Certamente ela irá adorar e você poderá até se inspirar em alguma das poesias do livro para se expressar de maneira poética nesse dia.
Palavra é Arte é um projeto dos editores Gilberto Martins e Carmen Sestari que visa dar oportunidade a novos talentos da literatura nacional como Alberto Valença e os demais. Nas palavras dos editores, “Fazer poesia é garimpar em terreno pedregoso, repleto de seixos ou, às vezes, de abundante oferta. O poeta é, portanto, garimpeiro das palavras e lapidador ao mesmo tempo.” Para Gilberto, “O texto poético é, por isso mesmo, revelação de sentimento que vem da alma, é inspiração e o resultado de uma visão única do mundo. O poeta é o grande mestre das artes.”
Alberto Valença Lima foi professor de Física durante 30 anos e está atualmente aposentado. Trabalhou como advogado ao longo de 10 anos tendo, durante este tempo, adquirido boas amizades no meio jurídico. Desde pequeno sempre gostou de escrever, tendo iniciado esta prática após a leitura do livro O diário de Dany (Michael Quoist) quando também passou a escrever um diário. Depois correspondeu-se por cartas com várias mulheres de muitos lugares do Brasil. Começou a escrever poemas ao final da adolescência e acentuou mais esta prática após conhecer uma mulher com quem viveu durante dez anos e, para ela, chegou a escrever três poemas. Havia publicado em 2014 uma de suas poesias numa coletânea e agora, publica este livro onde recebe maior destaque.
Para ler o sumário acesse o link.
Palavra é Arte – Poesia (Wattpad)
Leia a seguir o que escreveu sobre ele e o livro um escritor do Skoob, site especializado em literatura.
“Hoje, tive a feliz oportunidade de ler poesias de Alberto Valença Lima, poeta de Pernambuco. Ele honra o nome de um outro Valença, também pernambucano talentoso, o Alceu. Alberto respira poesia. Seus versos são naturais e dão a impressão de que as rimas fluíram naturalmente da alma em forma de poesia. Sua performance tem certa pureza selvagem, incontrolável. Daí as referências ao mar, às plantas silvestres. Na forma, mostra refinamento ao aplicar com maestria os recursos do soneto, a poesia por excelência. Espero que o poeta maduro, como ele mesmo intitula-se, tenha a oportunidade de sempre brindar-nos com a pureza de seu talento.”
Wilton Fonseca (Skoob)
Agradeço a Wilton por suas gentis palavras mas, creio que ele exagerou ao comparar-me com meu primo Alceu Valença. De qualquer modo, fico muito grato por tamanho elogio.
Para comprar o livro bem como ter outras informações acesse a página oficial do autor no link abaixo.