Poe\Art – A arte dando asas à imaginação

Poe\Art é uma forma antiga de compor mensagens diversas. Frequentemente usada por professoras primárias. Do mesmo modo, poeta Maurício de Oliveira, na década passada, não sei precisar o ano, criou a modalidade Poe\Art no Recanto das Letras. Já tem muitas pessoas que o praticam, e hoje resolvi, para participar de um concurso, começar a criar também.

Consiste na utilização de imagens que são associadas a palavras e/ou números ou símbolos, formando uma mensagem qualquer. De preferência, poética. E há três formas de compor um Poe\Art: Por…

1. Construção
2. Integração
3. Interpretação

Para saber mais acesse a apostila dele no link a seguir. Apostila de Poe\Art

Vou postar aqui o meu primeiro Poe\Art. Um Poe\Art por construção. Composto  ainda engatinhando. Logo a seguir a “decifração das imagens para a formação da mensagem.

ALDRAVIA AVL CXC

Alberto Valença Lima

“rua
deserta”
“prantos”
contidos
“homem”
sofre

Explicação:

1. Assim, a primeira imagem se traduz por “rua deserta”
2. As duas imagens seguintes, enfim contornadas por um círculo, traduz-se por “prantos”
3. Em conclusão, a última imagem, é traduzida por “homem”
4. Juntando-se então essas traduções com as palavras da figura, forma-se a aldravia acima.

Meu segundo Poe\Art

Após começar a criação de Poe\Artes, tomei gosto pela coisa e resolvi, de imediato, compor mais um. A princípio pensei em compor outro por construção, mas depois resolvi variar. Este foi composto por Interpretação. Vejam como ficou. É uma imagem que alguém interpreta compondo algo a respeito da mesma.

Poe\Art de Interpretação

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UM DIA CHUVOSO

 

1
Nas ruas, muita água!
Calçadas, alagadas.
Roupas molhadas,
sapatos enxarcados,
e os pacotes deixados
numa calçada qualquer.

2
Em meio à chuva,
um sorriso encantador…
Se cria convite para um abraço.
Porta aberta surge tal uma luva
prometendo noite de amor.
3
Com a chuva na janela
pode vir um arco-íris com ela.
E nos sonhos da mulher que se entrega
pode estar na escuridão, tal cega
sempre há um desejo de donzela.

4
E a chuva, sem tréguas que não para
atormenta quem não tem abrigo
e um pacote na calçada que ficara
por certo servirá a algum amigo,
que da capa fará casa rara.

(Alberto Valença Lima)