Verdades de meu ser [Textos autorais]
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Novos Reverberas-Trio

Esta semana fui preparar esta postagem e precisei pesquisar nas minha anotações os novos Reveberas-Trio que tinha composto desde a última publicação aqui neste blog. Qual não foi minha surpresa ao constatar que eu já tenho quarenta e três Reverberas-Trio compostos e publicados lá no Recanto das Letras.

Resolvi então, preparar um E-book só com Reverberas-Trio, sendo cinquenta de minha autoria, e cinquenta de autoria de outros poetas e poetisas. Será uma forma não só de divulgar o Reverbera-Trio, como também de fazê-lo praticado no Recanto das Letras. Espero que consiga uma boa adesão. Afnal, todos sonham em ter seus nomes em algum lugar.

Lembrando que o Reverbera-Trio é um estilo criado por Alberto Valença Lima em 05 de abril de 2021, e é formado por tercetos, cujos versos sempre iniciam com a mesma palavra que terminou o verso anterior. O Reverbera-Trio deve conter alguma mensagem e ser finalizado com a mesma palavra que o iniciou. Além disso, os versos só podem ter, no máximo, doze sílabas poéticas. O número de tercetos é ilimitado, mas o ideal é ter entre quatro e seis. As rimas não são obrigatórias embora sejam desejáveis.

Vou agora publicar aqui, mais dez de meus melhores Reverberas-Trio, e alguns Reverberas-Trio de outros autores. Para facilitar a identificação resolvei numerá-los desde o primeiro em ordem cronológica.

 

AS ONDAS DO AMOR (Reverbera-Trio AVL 27)

Alberto Valença Lima

Ondas de um grande amor
Amor que se faz em versos
Versos que inundam meu ser.

Ser que só pensa em você
Você que me conquistou
Conquistou ao primeiro momento

Momento que se eternizou
Eternizou nas horas juntos
Juntos na eternidade.

Eternidade que ficou em nós
Nós que tanto nos amamos
Amamos sem nenhum limite

Limite que eu não quero ter
Ter, só quero palpite
Palpite pra loteria

Loteria que nos dará conforto
Conforto e muitas viagens
Viagens por muitas ondas…

* * * * * * *

 

AVE MARIA! (Reverbera-Trio AVL 42)

Alberto Valença Lima

Maria, tu és cheia
Cheia de toda a graça
Graça que vem do Senhor.

Senhor que convosco está
Está a vos bendizer
Bendizer entre as mulheres.

Mulheres cujo fruto é bendito
Bendito é o vosso ventre
Ventre que trouxe Jesus.

Jesus, que é nosso Mestre
Mestre, pois te fez santa.
Santa Maria, mãe de Deus.

Deus que nos abençoa
Abençoa por tudo que temos
Temos que a Maria pedir

Pedir que rogai por nós
Nós que somos pecadores
Pecadores que precisamos.

Precisamos de vós agora
Agora e na nossa hora
Hora de nossa morte, oh Maria.

* * * * * * *

ENCANTOS DE UM CANTO (Reverbera-Trio AVL 33)

Alberto Valença Lima)

Encantos que o canto doa
Doa em breves momentos
Momentos em que nos deleitamos.

Deleitamos com pássaros que cantam
Cantam nas árvores ou nas janelas
Janelas que pintam um cenário

Cenário que parece uma pintura
Pintura de um belo sabiá
Sabiá que canta e encanta

Encanta a todos que ouvem seu canto
canto que surge na imaginação
Imaginação colorida pelos encantos.

* * * * * * *

ARCO-ÍRIS (Reverbera-Trio AVL 18)


Alberto Valença Lima

Arco-íris dos mil encantos
Encantos que se difundem
Difundem tal qual os cantos

Cantos de belas vozes
Vozes que nos fecundem
Fecundem levando paz.

Paz escrita nas cores
Cores em harmonia
Harmonia da Quebra-nozes.

Quebra-nozes é um rico balé
Balé de tanta beleza
Beleza deste Arco-íris.

* * * * * * *

DISFARCE SEM FACE (Reverbera-Trio  AVL 03)


Alberto Valença Lima

Disfarça a voz, chega suave
Suave toque, por trás da dama
Dama que se espanta… estremece!

Estremece em braços fortes
Fortes que ela logo reconhece
Reconhece e entrega-se com prazer.

Prazer que espera, todas as horas
Horas que às vezes, custam a passar
Passar sem pressa, tal as amoras.

Amoras que a quase tudo resistem
Resistem mas, sensíveis ao frio.
Frio que também afugenta o amor.

Amor quando quente, nem mesmo frio
Frio não consegue atrapalhar
Atrapalhar é fato descartável.

Descartável é a preguiça passageira
Passageira tal mulher do lotação.
Lotação que lotada, não disfarça.

* * * * * * *

BEIJO DE MÃE (Reverbera-Trio AVL 13)

Alberto Valença Lima

Mãe, o teu beijo se sente
Sente na alma que cala
Cala a alegria da mente.

Mente que recorda a fala
Fala que ela dizia
Dizia comigo na sala

Sala que de muita alegria
Alegria que a todos abraçava
Abraçava a mãe que era guia

Guia de todos que amava
Amava com o amor de Maria
Maria Olívia – era assim que chamava.

Chamava e a todos queria
Queria só amor entregar
Entregar seu carinho de Mãe.

* * * * * * *

Percebi depois do primeiro aniversário do Reverbera-Trio, que ele poderia ser também um estilo minimalista, caso fosse composto com no máximo três estrofes. E, não só eu, mas também outras pessoas, passaram a postar Reverberas-Trio com três estrofes ou menos. Foram os casos, por exemplo, de Roselves Alves, Rogério Marques, ambos do Recanto das Letras. O primeiro, é o Presidente da Academia Brasileira de Letras e Artes Minimalistas (ABLAM), da qual ocupo d cadeira nº 3 cujo patrono é Luiz Otávio (Gilson de Castro). Vou postar então aqui alguns desses Reverberas-Trio minimalistas. Tanto os de minha autoria, como os de poetas diversos.

* * * * * * *

OLHAR DA ETERNIDADE (Reverbera-Trio AVL 39)

Alberto Valença Lima

Olhei à frente e te vi
Vi que estavas absorta
Absorta em teus pensamentos.

Pensamentos que te levam longe
Longe onde nem todos chegam
Chegam por caminhos incertos.

Incertos são os momentos
Momentos que se eternizam
Eternizam porque te olhei.

* * * * * * *

ESTRELA ETERNA (Reverbera-Trio AVL 30)

Alberto Valença Lima

Estrela essência eterna
Eterna em elegantes épocas
Épocas evocadas ecoam

Ecoam eflúvios em Éfeso
Éfeso educa estudantes
Estudantes-estrela eleitos elite

Elite evita esforços e estragos
Estragos emanados em Évora
Évora elege esta estrela.

* * * * * * *

HOMENAGEM A DILSON POETA (Reverbera-Trio AVL 32)

Alberto Valença Lima

Dilson é um bom trovador
Trovador que também dou nota mil
Mil versos não chegam para homenageá-lo

Homenageá-lo é tarefa de prazer
Prazer em escrever e tecer
Tecer versos ou prosa num prefácio

Prefácio que escrevi com satisfação
Satisfação e com cuidado no que fazia
Fazia por ter sido chamado por Dilson.

* * * * * * *

TOQUE NA EMOÇÃO (Reverbera-Trio)

Roselves Alves

Toque na emoção reluz ao luar.
Luar que sempre vive a encantar.
Encantar o nosso olhar num toque.

* * * * * * *

REVERBERA TRIO (3X3)

Rogério Marques

Cordialmente boçal,
boçal se faz de irônico,
irônico e maquiavélico.

Maquiavélico sujeito
sujeito, senhor sarcástico
Sarcástico e de mal jeito.

Jeito ardil da petição
petição, douto juiz,
Juiz, eis-me cordialmente.

* * * * * * *

A seguir, alguns Reverberas-Trio de outros autores que publicaram-nos em suas páginas no site Recanto das Letras. No nome de cada um há um link para direcionar ao perfil do mesmo no site citado. Basta clicar no nome e abrirá uma outra página com este perfil e o acesso aos textos do mesmo.

Uma Realeza (Reverbera Trio)

Neide Pantoja

Ver a imagem de origem

Hoje vi uma rosa

Rosa vermelha, linda!

Linda e graciosa!

 

Graciosa como diz

Diz a bela música¹

Música que condiz

 

Condiz com a realeza

Realeza que tu és!

És, de toda natureza!

 

Natureza que é mãe

Mãe não só da flor

Flor irmã do beija-flor

 

Beija-flor que não foge

Foge da sina de beijar

Beijar você, hoje!

 

_____

Nota:

1 – Rosa (Pixinguinha)

 

* * * * * * *

 

Vencer o mal (Reverbera-Trio)

GafanhoroNegro

Tal qual pássaro ao vento
Vento sublime, suave
Suave é meu reinvento.

Reinvento na forma de amar
Amar para não mais sofrer
Sofrer só faz-me calar.

Calar o nobre coração
Coração que vive a pulsar
Pulsar buscando inspiração.

Inspiração para vencer o mal
Mal este sempre seguindo
Seguindo, rondando etc e tal.

 

Quando? (Reverbera-Trio)

GafanhotoNegro

Quando de mim esquecer,
Esquecer será danoso.
Danoso ao teu viver.

Viver sem minhas lembranças.
Lembranças de dias felizes,
Felizes em nossas andanças.

Andanças compartilhadas ao luar
Luar de muitas emoções
Emoções que por hora jazem

Jazem agora por enquanto.
Enquanto não tens outro amor.
Amor que virá, sabe-se lá quando.

 

_____

Notas

a) Imagens extraídas do Google. Caso alguma esteja ferindo os direitos autorais de alguém, basta me contatar pelo email abaixo e exclui-la-ei de imediato.

b) O Reverbera-Trio intitulado “Vencer o mal” do poeta que se autodenomina GafanhotoNegro, postado acima, tem uma característica muito interessante e que me chamou muito a atenção: Ele usa a palavra TAL para iniciar o Reverbera-Trio e, como o poema tem que terminar com a mesma palavra que o iniciou, ele fez uma escolha muito original. É muito difícil encontrar uma frase (verso) que termine com esta palavra. Eu achei isto genial.

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