O túmulo do sol [Taiyô no hakaba], Naguiisa Oshima, Japão, 1960, 88 min

Elenco

Junzaburo Ban, Bokuzen Hidari, Jun Hamamura, Kamatari Fujiwara, Kayoko Hanoo

Sinopse – Em Osaka, Japão, um colegial é assassinado ao pôr-do-sol no meio das ruínas dos prédios bombardeados durante a guerra. O filme aborda a delinquência juvenil nas ruas mais marginais de um bairro miserável. O grupo vai minguando devido a suicídios, assassinatos, guerrilha entre gangues e acidentes. Atormentados por problemas de álcool, comércio de sangue humano e drogas, os membros do grupo entram numa viagem sem retorno de desespero e morte certa. [Extraído do site Cineclick – disponível no link] O texto a seguir, eu o escrevi em 1966.

O tema do filme focaliza marginais que negociavam com sangue humano para transformá-lo em cosmético. Aborda a juventude transviada mas, nem remotamente, se assemelha a outros filmes que abordam este tema.

Como a maioria dos filmes japoneses a que assistira na época, O túmulo do sol prima pela nojeira e cenas fortes. O final é maravilhoso embora não tenha superado as expectativas. Muitos assassinatos que, para eles foram comuns, horroriza o expectador. Inclusive um que tocou mais meu coração, quando na linha do trem, morrem o assassino e a vítima.

Embora em dose mínima, existe por trás da nojeira  e dos crimes, o amor de dois jovens que no fim fenece, unicamente porque a jovem só pensava em dinheiro e abandona o homem que a amava para voltar ao negócio de cósméticos. Trata-se de um filme formidável mas, as reações humanas e os costumes, nos são estranhos e temos um impacto.

Este foi o segundo filme exibido na nova fase do Cinema de Arte Coliseu. Eu assisti a ele no dia 05/03/1967. Tinha uma barraquinha de guaraná no interior do cinema e os expectadores podiam tomar quantos refrigerantes quisessem sem pagar nada alem do ingresso do cinema. Tinha também um sorveteiro da Xaxá. Era uma marca de sorvete que existia na década de 60 do século passado. No dia eu tomei 9 guaranás e 2 sorvetes. Mereceu quatro estrelinhas.