´Túmulo do sol – Nagisa Oshima [Filme visto há 50 anos]

Filme visto há 50 anos
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Título original – Taiyô no Hakaba

Trata-se de um filme japonês muito chocante sobre a violência nas ruas de um bairro pobre de Tóquio no Japão, este Taiyo no Hakaba (O túmulo do sol) lançado em 1960.

Direção – Nagisa Ôshima

Do mesmo diretor de Império dos sentidos, Nagisa Oshima realiza O túmulo do sol na intenção de denunciar a violência e a falta de humanidade nas ruas de um bairro pobre do Japão nas primeiras décadas do século passado. Nagisa Oshima nasceu em Okayama no Japão em março de 1932 e morreu aos 80 anos vítima de pneumonia.

Minha opinião sobre o filme

Assisti a este filme no cinema Art Palácio no dia 06 de março de 1967, uma segunda-feira. O filme é muito deprimente, revoltante, chocante. A juventude mostrada por Oshima neste longa é desumanizada. O filme é excepcional e mereceu seis estrelinhas pela precisão e crueza como o diretor nos apresenta as mazelas daquelas pessoas que se vêm aprisionadas pela miséria extrema e se sujeitam a qualquer coisa para sobreviver. A moeda de troca principal é o sangue humano, que seria comercializado com as grandes fábricas de cosméticos a preço de ouro.

Através deste filme-denúncia, ficamos sabendo o preço que as mulheres pagam para se embelezarem. Merece realmente o destaque que, infelizmente, não teve no Recife, sendo exibido apenas por três dias e depois desaparecendo do circuito comercial.

Dados técnicos do filme

Produção – Japão
Ano de lançamento – 1960
Duração do filme – 1 hora e 27 minutos
Gênero – Drama psicológico romântico policial de ação
Colorido em Cinemascope
Elenco e personagens:
Fumio Watanabe Yosehei
Isao Sasaki Takeshi
Junzaburô Ban Yotsematsu
Kamatari Fujiwara Batasuke
Kayoko Honoo Hanako
Masahiko Tsugawa Shin
Tanie Kitabayashi Chika

 

 

 

 

 

 

 

 

Obs. – Clique nas imagens para ampliá-las

Anotações do meu caderno de cinema

O tema do filme é todo focalizando marginais que negociavam com sangue humano para transformá-lo em cosméticos. Focaliza a juventude transviada, porém não é nem parecido com outros que abordam este tema. Como a maioria dos filmes japoneses (80 a 95%) “O túmulo do sol” prima pela nojeira e cenas fortes. O fim porém é formudável, embora não supere as expectativas.

Muitos assassinatos que para eles foram comuns, horroriza porém o expectador, inclusive um que tocou mais meu coração, quando na linha do trem morrem o assassino e a vítima.

Embora em dose mínima, existe por trás da nojeira e dos crimes, o amor de dois jovens, que no fim fenece unicamente porque a jovem só pensava em dinheiro e abandona o homem que amava para voltar ao negócio de cosméticos. Trata-se de um filme formidável mas as reações humanas e os costumes nos são estranhos e com isso temos um impacto.

Este foi o segundo filme exibido na nova fase do Cinema de Arte. Tem uma barraquinha de guaranás no interior do cinema e os espectadores podem tomar quantos quiser e grátis. Tem também um sorveteiro da Xaxá. Eu tomei hoje 9 (nove) guaranás e 2 (dois) sorvetes.

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