Easy virtue (A mulher pública)

O quinto filme mudo de Alfred Hitchcock, Easy virtue, é um primor considerando-se a época em que foi realizado.

Alfred Hitchcock – Diretor

Alfred Hithcock foi um dos mais famosos diretores mundiais. Conhecido por sua maestria nos filmes de suspense, começou sua carreira em 1920 como desenhista de letreiros do cinema mudo numa companhia cinematográfica recém-criada em Londres, a Famous Players-Lasky Company, que, posteriormente, também seria o palco do início de sua vida amorosa.

Seu primeiro e verdadeiro trabalho cinematográfico foi três anos mais tarde, em 1923, colaborando com o filme “Mrs. Peabody”, inacabado por falta de verba. Pouco antes, fora convidado pelo escritor, ator e produtor Seymour Hicks para ser o co-diretor do filme “Always tell your wife”, pois o diretor original adoecera.

A mulher pública (Easy virtue) foi o seu quinto filme, se não contabilizarmos o seu primeiro filme que ficou inacabado – Treze, e o outro aqui mencionado – “Always tell your wife”. Ao contrário do que consta na Wikipédia, este filme foi realizado antes dos filmes “The Ring” e “The farmer’s wife”. Além disso, o ano de sua realização, ao contrário do que consta naquela fonte de dados da internet, foi em 1927 e não 1928, conforme consta no livro editado pelo Congresso Norte-americano intitulado “The filmes of Alfred Hitchcock”, de autoria de Robert A. Horris e Michael Lasky, lançado no ano de 1976, e que não foi traduzido para o português.

Bem, pouco tempo depois, a partir de 1934, Alfred Hitchcock veio a se tornar o maior e mais festejado diretor de filmes de suspense. Uma de suas obras mais famosas e festejadas é Psicose (“Psycho”, 1960)

Sobre o filme “Easy virtue” (A mulher pública)

A mulher pública (“Easy virtue”) é um filme mudo, realizado por Alfred Hitchcock em 1927 na Inglaterra. “Easy virtue” faz parte de seus primeiros filmes, realizados no período entre 1922 e 1933, que teve um capítulo especial a ele dedicado, no livro anteriormente citado de  Horris & Lasky.

O filme “Easy virtue” conta a história de Larita, uma mulher casada que se apaixona por um jovem artista. O jovem se suicida e ela se divorcia do marido alcoólatra. Depois casa-se novamente com um jovem que conhece no Sul da França, para onde vai afim de livrar-se da fama que adquiriu.

O filme inicia com um julgamento e termina com outro julgamento. Na época, uma mulher envolver-se sem um adultério e coroado por um processo de divórcio era um escândalo sem precedentes. Uma coisa interessante no filme é o espectador imaginar como seriam os costumes naquela época. E também, é surpreendente, a forma como o tema é tratado naquela época, quando a mulher não era sequer considerada gente, pois nem direito de voto ela tinha.

Segundo Marcelo Lyra numa postagem do site Cinema Escrito (Veja no link), este filme forma junto com “The Ring” (1927) e “Manxman” (1929) a “Trilogia da traição“. Destacando que, a traição de que trata este filme não chegou a acontecer.

Uma coisa que achei interessantíssima no site acima citado foi a informação de que este filme é o primeiro em que Hitchcock destaca a figura da mãe dominadora que iria aparecer em diversos outros filmes dele tais como Interlúdio (1946), Os pássaros (1963), Pacto sinistro (1951), e até em Psicose (1960), onde a mãe, embora morta, é tão dominadora que o filho a mantém num quarto e conversa com ela.

Dados técnicos sobre o filme

Produção – Inglaterra
Título original – Easy virtue
Tempo de exibição – 1h 10min
Direção – Alfred Hitchcock
Ano de lançamento – 1927

Elenco e personagens

Isabel Jeans como Larita Filton
Robin Irvine como John Whittaker
Franklin Dyall como Aubrey Filton
Eric Bransby Williams como Claude Robson
Ian Hunter como Mr. Greene, o requerente
Violet Farebrother como Sra. Whittaker
Frank Elliott como Coronel Whittaker
Dacia Deane como Marion Whittaker
Dorothy Boyd como Hilda Whittaker
Enid Stamp Taylor como Sarah
Benita Hume como telefonista

Este filme está estreando hoje no Canal do Youtube do Blog Verdades de um Ser, e você pode assistir a ele sem pagar nada por isso. Peço apenas três coisas:

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