Xangô de Baker Street – Miguel Faria Jr. [Filme]
Direção – Miguel Faria Jr.
Miguel Faria Jr. é um cineasta e roteirista carioca que já ganhou os prêmios de Melhor filme e Melhor direção no Festival de Gramado com o filme Stelinha (1990). Xangô de Baker Street é o seu penúltimo filme, tendo sido o último, o documentário sobre Vinícius de Moraes um de seus maiores sucessos, que levou aos cinemas mais de 300 mil pessoas.
Dados técnicos sobre o filme
Produção – Brasil e Portugal
Direção – Miguel Faria Jr.
Roteiro – Marcos Bernstein e Arthur Conan Doyle, numa adaptação do livro homônimo de Jô Soares
Duração do filme – 2 horas e 04 minutos
Ano de lançamento – 2001
Música – Edu Lobo
Elenco e personagens:
Joaquim de Almeida …. Sherlock Holmes
Anthony O’Donnell …. Dr. Watson
Maria de Medeiros …. Sarah Bernhardt
Marco Nanini …. delegado Mello Pimenta
Cláudia Abreu …. baronesa Maria Luíza
Malu Galli …. Chiquinha Gonzaga
Thalma de Freitas …. Ana Candelária
Jô Soares …. desembargador Coelho Bastos
Maria Ribeiro …. Glória
Cláudio Marzo …. Pedro II do Brasil
Martha Overbeck …. Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias
Emiliano Queiroz …. Saraiva
Letícia Sabatella …. Esperidiana
Marcello Antony …. Marquês de Salles
Caco Ciocler …. Miguel
Antônio Pedro …. Olegário
Christine Fernandes …. Albertina
Zilda Pereira …. Xica
O enredo
A história acontece no Rio de Janeiro do final do século XIX.
A narrativa se inicia com a apresentação de uma famosa atriz francesa, Sarah Bernhardt (Maria de Medeiros), que se apresenta no Brasil pela primeira vez, arrebatando o interesse de todos pela cultura francesa. Todos se encantam com o talento dela, incluindo o imperador D. Pedro II (Cláudio Marzo), que lhe segreda um estranho acontecimento. O valioso presente dado por ele à baronesa Maria Luíza (Cláudia Abreu), um violino Stradivarius, desaparecera misteriosamente. Sarah sugere que o imperador convoque o famoso detetive Sherlock Holmes (Joaquim de Almeida) para investigar o caso, sugestão que ele atende de imediato.
Enquanto isso, um assassinato choca a cidade deixando em polvorosa o delegado Mello Pimenta (Marco Nanini). O crime ocorre com uma prostituta, que depois de morta, teve suas orelhas cortadas. O assassino deixa como pista uma corda metálica que depois se descobre ser de violino.
O assassino, que passa a cometer crimes em série e o delegado fica cada vez mais perdido na investigação. Holmes e seu famoso parceiro Watson (Anthony O’Donnell) chegam ao Rio de Janeiro sem desconfiar dos perigos que irão enfrentar. Em particular, a malandragem do brasileiro.
Minha opinião sobre o filme
Inicialmente eu queria fazer uma observação. Acho revoltante como pessoas que se dizem críticos de cinema, se passam a fazer um crítica sem sequer ter assistido ao filme. Pegam detalhes de algum lugar e fazem uma sinopse do filme “sem pé nem cabeça”, como aconteceu com o sr. Celso Sabadin, jornalista do conhecido site Cineclick. Se quiser conferir é só clicar no link. O citado jornalista escreveu lá no site citado, numa matéria publicada em 23/10/2001, e consultada no dia 11/11/2018, uma verdadeira aberração. Ele afirma que o violino Stradivarius que foi roubado e que é a mola propulsora do filme, fora dado de presente pelo imperador D. Pedro II à atriz Sarah Bernhardt. O presente do imperador é dado à baronesa Maria Luiza, interpretada pela linda Cláudia Abreu. Lamentável ver coisas desse tipo.
Bem, o filme deixa muito a desejar. Embora o figurino seja impecável, as falas são totalmente desconformes com a época em que se passa a história. A interpretação do Sherlock Holmes (Joaquim de Almeida), ator principal do filme, é sofrível e suas falas em inglês são lamentáveis. Deveriam ter escolhido um ator inglês ou norte-americano que soubesse falar português pois o Joaquim de Almeida tem um sotaque inglês péssimo, uma vez que sequer consegue disfarçar seu sotaque português de Portugal. Para a bagatela de 10 milhões de reais, que foi o orçamento deste filme, a produção ficou muito aquém do que se poderia esperar.