Direção – Os irmãos Erwin

Os irmãos Erwin, Jon e Andrew,  são dois irmãos cineastas, produtores e roteiristas norte-americanos do Alabama. O filme Eu só posso imaginar teve um orçamento de 7 milhões de dólares e uma arrecadação de mais de 80 milhões em todo o mundo. É um filme cristão baseado em fatos reais. Eles iniciaram suas carreiras produzindo juntos um documentário sobre uma cruz de aço encontrada nos escombros das torres gêmeas do World Trade Center, e posteriormente, estrearam na direção do filme October baby (2011), também um filme de cunho religioso. Sucederam-se vários outros filmes do gênero e eles em 2018 criaram uma produtora de cinema – a Kingdom Story Company, especializada em filmes cristãos.

O filme mais recente dos dois é I Still belive (Enquanto estivermos juntos) lançado em 2020. Ao todo já lançaram sete filmes como diretores,  e arrecadaram com eles mais de 150 milhões de dólares em todo o mundo.

Eu só posso imaginar (I can only imagine)

Eu só posso imaginar é um filme com forte apelo cristão, baseado na história de uma das músicas mais tocadas de todos os tempos nos Estados Unidos, cujo título dá nome ao longa. É um filme biográfico cobre Bart Millard, compositor da música, desde a sua sofrida infância até o sucesso do lançamento de I can only imagine.

Dennis Quaid (pai de Bart) o mesmo de Inimigo meu (1985); Voo da Fênix (2004); Footloose, ritmo quente (2011) interpreta magistralmente o pai violento de Bart. Este é interpretado por J. Michael Finley é quase um estreante. Libanês naturalizado norte-americano, protagonizou apenas o s Miseráveis no teatro, mas seu primeiro filme é Eu só posso imaginar. Tem um desempenho sofrível, embora não seja ruim. Aparentemnte, a única razão para escolher um estreante para o papel principal é a sua voz. Ele não acrescenta nada ao personagem. Ao contrário do ator-mirim Brody Rose, que dá vida ao protagonista na infância. Dá um show de interpretação, embora pouco explorado.

Bart é duramente maltratado pelo pai ao longo de toda infância, inclusive com o prejuízo do afastamento da mãe que foge deixando-o sozinho, à mercê do carrasco que também a maltratava. Esta violência marca muito a sua vida a ponto de deixá-lo muito inseguro, sempre lembrando das sentenças que o pai lhe falava.

Minha opinião sobre o longa

Como é dito na crítica do site Adoro Cinema, o que escolher? Contar uma história ou fazer doutrinação? Geralmente se escolhe a segunda opção acarretando um prejuízo para o público que fica restrito a uma parcela apenas de interessados no gênero cristão. A obra tem vários pontos positivos e alguns bem negativos como o citado. Há em alguns momentos uma forçação de barra para incutir no espectador uma mensagem de fé, e em pelo menos um caso específico, isso termina tornando o filme irreal, inverossímil. A conversão de Arthur MIllard, o pai de Bart, é muito repentina e inverossímil da forma como é apresentada. Esta é a maior falha do filme. Isto não é apresentado de forma convincente.

Apesar desta grave falha, o filme é muito bom e tem uma linda mensagem. Se você conseguir superar a falha acima citada, irá desfrutar bons momentos.

Dados técnicos do filme

Produção – Norte-americana
Direção – Jon e Andrew Erwin
Ano de lançamento – 2018
Roteiro – Jon Erwin e Brent McCorkle
Título original – I can only imagine
Duração do filme – 1 hora e 50 minutos

Elenco e personagens

J. Michael Finley ………………. Bart Millard
Brody Rose ……………………….. Bart Millard, criança
Dennis Quaid …………………… Arthur Millard, pai de Bart
Tanya Clarke ……………………… Adele
Cloris Leachman ………………. Meemaw, avó de Bart
Madeline Carroll ………………. Shannon, namorada de Bart
Taegen Burns ……………………. Shannon, criança
Trace Adkins …………………….. Scott Brickell, o gerente da MercyMe
Priscilla Shirer ………………….. Sra. Fincher, professora de Bart
Nicole DuPort ………………….. Amy Grant
Jake B. Miller ……………………. Michael W. Smith
Mark Furze ……………………….. Nathan

 

Trailer

 

 

Filme completo