Roteiro, Montagem e Direção – Humberto Mauro

Humberto Mauro foi um cineasta, diretor, escritor, acadêmico, músico, ator, produtor. Nasceu no finalzinho do século XIX numa fazenda em Minas Gerais. Foi o pai do cinema novo e pioneiro do cinema brasileiro. Serviuu de inspiração para Glauber Rocha e Nelson Pererira dos Santos. Ganga Bruta foi um dos primeiros filmes nos quais Mauro teve alguma participação. Após “Lábios sem beijos” que dirigiu em 1929, participou como cãmera do filme “Mulher” (1931). A realização de Ganga Bruta sofreu alguns percalços, tendo se prolongado as filmagens entre 1931 e 1933 quando foi lançado. Era  um filme revolucionário para a época com flashbacks e cortes rápidos.

Sinopse do filme

Marcos é um rico engenheiro, filho de Romulo Resende, industrial famoso e já falecido, descobre na noite de núpcias que sua noiva não era virgem e, enfurecido, a mata. Apesar da repercussão midiática, Marcos é absolvido e se muda para Guaraíba na tentativa de se distanciar do caso. Ele encontra um trabalho como gerente de construção de uma fábrica e se torna colega de trabalho de Décio, que vive com sua mãe paralisada e Sônia, sua irmã adotiva. Sônia, que está noiva de Décio, é atraída por Marcos e, embora não esteja sabendo de seus sentimentos, ele finalmente reconhece que se apaixonou por ela. Depois de descobrir que Marcos seduziu Sônia, Décio jura matá-lo, mas uma luta culmina na morte de Décio. No final do filme, Marcos e Sônia se casam.

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Dados técnicos

Direção – Humberto Mauro
Produção – Brasil
Fotografia – Preto e Branco
Roteiro – Humberto Mauro e Otavio Gabus Mendes
Ano de Lançamento – 1933
Gênero – DR, RM, AV. PL, CR
Duração do filme – 1 hora e 20 minutos

Elenco e personagens

Durval Bellini como Marcos Resende
Déa Selva como Sônia
Lu Marival como a esposa de Marcos
Décio Murillo como Décio
Andréa Duarte como a mãe de Décio
Alfredo Nunes como mordomo  e
Ivan Villar como criado.

Coajuvantes:
Edson Chagas, Francisco Bevilacqua, Renato de Oliveira, Pery Ribas, João Cardoso, Elza Morena, Adhemar Gonzaga, Mario Moreno, Sergio Barreto Filho, Humberto Mauro, Jorge Fernandes, Gloria Marina,

Minha opinião sobre o longa

Este é o primeiro filme que vejo de Humberto Mauro e, ele realmente foi um diretor que se destacou. Inclusive, embora não seja mencionado nas publicações que consultei, mas ele também foi ator do filme. Teve até uma participação na música tocada no final, na hora do casamento por um violino que executa a Ave Maria tocada por ele, que era também músico. Um homem extremamente versátil.

Apesar de ser um filme antigo e com poucos recursos, com uma cópia restaurada na Cinemateca Brasileira, é um filme de valor, com um roteiro bem elaborado e uma direção primorosa. Mereceu 3 estrelinhas.